O Google anunciou na quinta-feira que sua rede social, o Google+, agora permite o ingresso de adolescentes a partir dos 13 anos, e não mais só maiores de idade. A medida é uma forma de tentar aumentar o número de usuários do site, que nesse sentido passa a competir "de igual para igual" com o Facebook, segundo a PCMag.
Os menores de idade vão ter a proteção de algumas ferramentas para evitar que postem "informações demais" sobre suas vidas, segundo o Google. Uma das funcionalidades é um alerta em vermelho para posts públicos, que cria um passo a mais antes da efetiva publicação.
"Quando você compartilha algo publicamente, pessoas que você não adicionou aos seus círculos poderão ver seu post e comentá-lo", alerta o pop-up. Outra função expulsa o adolescente de seu próprio videochat (hangout) se um estranho entra na conversa. Apesar da medida, alguns pais acreditam que os hangouts públicos deveriam, na verdade, ser proibidos aos menores.
"Serviços tradicionais restringem aos adolescentes o uso de ferramentas que lhes interessam, o que sem querer incentiva os jovens a se apresentarem na web de forma diferente do que realmente são", avaliou um porta-voz do Google em comunicado.
"Nosso objetivo é criar um ambiente que encoraje o usuário a ser online quem ele é na vida real", continua o texto. Para atingir a meta, o gigante de buscas teria disponibilizado configurações padrão apropriadas à idade do usuário, e dado a este último acesso a "materiais educacionais e opções para modificar as configurações baseados em suas próprias escolhas".
Para atrair os adolescentes e aumentar sua base de usuários - que, segundo os últimos dados divulgados, hoje gira em torno de 90 milhões de pessoas - o Google+ chamou ícones da cultura teen, como o ator da série Glee Cody Simpson e a atriz de The Hunger Games Selena Gomez - também namorada do cantor adolescente Justin Bieber, embora o próprio ainda não tenha criado sua conta.
O gigante de buscas também levou à rede marcas voltadas ao segmento, como a revista Teen Vogue. A gigante de Mountain View reconhece que os adolescentes estão entre os mais ativos usuários da web, principalmente das redes sociais, mas que têm uma tendência a "compartilhar demais" na rede.
"Queremos ajudar os jovens a construir relações que importem online, e também queremos oferecer ferramentas que aumentem a segurança e ao mesmo tempo permitam a autoexpressão", resume Bradley Horowitz, vice-presidente de produto do Google.
"E, é claro, temos ao menos uma coisa em comum com nossos novos usuários: estamos todos muito ocupados crescendo", finalizou o executivo.