O Google está questionando legalmente um mandado do FBI para obter os dados de Dante Dears, um americano que conduzia, segundo a polícia, um negócio de prostituição utilizando um celular Android, informa o site Business Insider.
A polícia americana quer acesso ao aparelho para provar que Dears continuava com as suas atividades ilegais mesmo estando preso.
Quando confrontado pelos agentes, o criminoso chegou a entregar o aparelho, mas recusou-se a desbloqueá-lo.
Segundo o Business Insider, o FBI tentou várias senhas e estratégias para desbloquear o celular, cuja marca não foi divulgada, mas não obteve sucesso, tendo que recorrer às vias judiciais contra o Google.
Para o advogado Mark Clarck, ouvido pelo Business Insider a decisão do Google não surpreende. "É uma decisão de negócios e de política com respeito aos usuários, e especificamente usuários de Android. Questões de privacidade são abundantes na era da tecnologia", opina Clarck.
Em comunicado enviado ao site ArsTechnica, o Google afirmou que é uma empresa obediente à lei e que concorda com o processo legal válido. "Mas sempre que recebemos uma intimação, avaliamos se ela concorda com a letra e o espírito da lei antes de cedermos a ela. Se nós acreditamos que o pedido passou dos limites, tentamos restringi-lo", segue a nota.
A posição do Google pode mandar um recado forte para o público. Na opinião de Clarck, desafiar o governo demonstra que a empresa "toma medidas para proteger a privacidade dos seus usuários".
Recentemente o Twitter entregou dados de um integrante do movimento Occupy Wall Street.