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O governo brasileiro quer aumentar o volume de componentes eletrônicos nacionais em TVs, computadores e celulares como forma de aumentar a competitividade da industria nacional, afirmou hoje o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.
"Essa será uma forma de reduzir o deficit que temos nas cadeias de suprimentos, de US$ 18,9 bilhões por ano", disse, durante a cerimônia de inauguração da expansão da fábrica da Ericsson, em São José dos Campos.
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A estratégia de estímulo será semelhante àquela recém criada para os tablets, que prevê que 20% dos componentes sejam nacionais. Dentro de três anos o volume deve subir para 80% para que as empresas continuem a ter os benefícios fiscais federais, hoje de 31%.
Questionado sobre a inexistência de fábricas de semicondutores no país, o que poderia comprometer o plano, Mercadante afirmou que o Brasil começará as experiências com produção de certos chips a partir de outubro no Ceitec, fábrica de semicondutores que é vinculada ao ministério, localizada em Porto Alegre.
Durante um ano e meio a unidade deverá fazer a experiência de produzir os chips para diversos setores e formar mão de obra especializada em tecnologia.
"Criando condições locais com políticas fiscais e mão de obra qualificada também devemos atrair mais fabricantes de semicondutores", afirmou.
Hoje 20 países no mundo têm fábricas de semicondutores, e o Brasil deve chamar a atenção dessas empresas, segundo Mercadante, pelo volume de eletrônicos produzidos. Por ano, são produzidos 15,5 milhões de computadores, 80 milhões de celulares e 13 milhões de TVs.
Junto com políticas fiscais, o governo também deve incentivar a formação de engenheiros para apoiar a indústria. Um das formas de incentivo será a concessão de bolsas de estudo para o intercâmbio de 75 mil estudantes de engenharia, ao longo dos próximos três anos, para aperfeiçoamento em faculdades internacionais.