Pesquisadores das universidades de Leeds e Tóquio desenvolveram um sistema de armazenamento de dados que se baseia em uma tecnologia inusitada. Trata-se de um sistema que utiliza uma variedade de bactérias, que ingerem ferro e produz magnetita - o mineral natural mais magnético da Terra.
A tecnologia funciona a partir da orientação desses organismos, que é magnética. Os pesquisadores removeram uma proteína responsável pela transformação do ferro em magnetita. Com isso, eles criaram um substrato, com aspecto de tabuleiro de xadrez, alternando quadrados com a proteína e outros sem ela. Cada espaço com a proteína é equivalente a um bit magnético e é a partir daí que os dados podem ser escritos e lidos.
Elementos magnéticos são responsáveis pelo armazenamento estável de dados em discos rígidos, como os que usamos hoje em nossos computadores e notebooks. A ideia de usar as bactérias é uma aposta para desenvolver uma tecnologia mais eficiente e limpa na produção desses discos. Em princípio, no entanto, a adoção dos micro-organismos não necessariamente levaria a um futuro de discos muito mais densos que os convencionais.
No futuro, a estimativa dos pesquisadores é que as bactérias possam ser usadas para particionar um disco. Ou para fazer ?crescer? uma nova lâmina quando o HD esgotar seu espaço. Neste sentido, será possível fazer um disco rígido aumentar de espaço a partir do crescimento das bactérias, ao invés de fabricá-lo.