O projeto teve início em agosto de 1984 e desde então tem sido mantido de maneira sigilosa por seus criadores, Mary Shepherd e Doug Lenat. Segundo eles, não foi usado qualquer investimento externo na pesquisa, mas ela já estaria perto de ser aplicada e este seria o momento de divulgá-la. " O projeto vai amplificar a inteligência humana", disse Lenat, presidente e CEO da Cycorp.
A tarefa não é muito simples, afinal a linguagem humana nem sempre pode ser interpretada ao pé da letra. O Cyc, como é chamado, é um software que funciona como uma espécie de cérebro e aprende com o convívio com as pessoas. O resultado é um computador inteligente que pode compreender as entrelinhas.
De acordo com Lenat, o sistema é capaz de assimilar o que as pessoas dizem, o que é ainda é muito difícil para os computadores atuais. Ele conseguiria entender que socar um dente de alho significa pegar um pilão, descascar o tempero e amassá-lo até deixar em determinado ponto, ao invés de usar as mãos para esmurrá-lo.
Esse exemplo pode parecer simples, mas os assistentes pessoais atuais, como a Siri, da Apple, e a Cortana, da Microsoft, não são capazes de compreender uma série de expressões. Até chegar a este ponto a tecnologia pode demorar ainda algum tempo.
No momento, o Cyc está sendo utilizado para ensinar matemática a alunos da sexta série. Ele pode fingir ser um aluno confuso e permitir ser ensinado por uma criança. No futuro, o programa poderá ser usado em robôs domésticos para realização de pequenas tarefas, como cozinhar ou limpar a casa.