Se no dia a dia a internet é usada para se conectar com amigos, familiares e o mundo, por que não com Deus? A tecnologia está dando uma mãozinha para a galera da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e até mesmo para aqueles que querem ficar mais perto das Palavras do Senhor. Os peregrinos contarão com redes sociais e uma série de aplicativos para facilitar a visita durante o evento no Rio.
? A cada edição da Jornada, verificamos a evolução da tecnologia, o que é muito bom porque conseguimos resolver tudo mais rápido ? diz o padre Jéfferson, de 34 anos, que trabalha na área de mídias sociais da JMJ.
Regiane Calixto, coordenadora das redes sociais da JMJ, conta que seu trabalho na internet ajuda a divulgar mensagens religiosas, informações sobre o evento e dicas turísticas:
? O jovem posta na rede tudo o que faz. É um meio de divulgar também o Evangelho. Os amigos acabam vendo e são atraídos.
Além disso, há outras ferramentas para facilitar a vida de muitos fiéis. O padre José Maria Ramirez, de 58 anos, da Congregação Legionários de Cristo, não fica longe do celular. Lá ele carrega a Bíblia e ainda dá conselhos aos fiéis. Até já deu um curso de batismo para um padrinho via Skype (programa de conversa por vídeo). Mas a celebração teve que ser presente, claro.
? Não tem desculpa para não ler a Bíblia, porque não precisamos mais carregar o livro para cima e para baixo. Tem tudo no celular: vídeo com história de santo, orações... ? diz o padre, que ouve canto gregoriano no aparelho.
Segundo ele, o uso do telefone celular durante a missa é livre para os fiéis. Desde que estejam concentrados na Palavra de Deus. Quanto aos padres usarem nas celebrações, é outra história. O padre Jéfferson explica que é difícil isso acontecer porque muita gente não vê com bons olhos.
Padre há oito anos, ele está em todas as redes sociais populares. Conta que fica o dia inteiro em contato com a internet, até mesmo para falar com os peregrinos da JMJ, que vai acontecer de 23 a 28 de julho.
? O modelo do sacerdote mediante a tecnologia mudou muito. Temos mais meios de nos comunicarmos com as pessoas, podemos estar mais juntos. Além disso, ajuda no contato com Deus ? diz o padre, garantindo que não é viciado em celular: ? Sempre sou o chato que tira o telefone da mão das pessoas numa mesa. Precisamos manter os vínculos sociais e familiares.