Montana Arena é resposta da Chevrolet às novidades entre “picapinhas”

A picape Chevrolet Montana na versão Arena oferece “juventude” e bom conteúdo

Versão Arena oferece "juventude" e bom conteúdo | d
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A General Motors demorou a reagir. Oferecia somente uma configuração de entrada e outra topo de linha de sua´picape compacta Montana. Agora resolveu fazer algo mais. Com novas ameaças dentro do segmento -- a Volkswagen Saveiro e a Fiat Strada Cabine Dupla --, a GM arriscou ao lançar a Arena. A versão com preço competitivo e lista honesta de itens de série aparece com um único objetivo: acirrar ainda mais a disputa dentro do segmento de picapes pequenas, liderado com folga pela Strada há sete anos.

De janeiro a novembro, a Montana permaneceu na vice-liderança, com a média de 2.768 unidades comercializadas. Já na primeira quinzena de dezembro, o modelo sentiu a chegada da Saveiro e caiu para a terceira posição, com 1.502 unidades, atrás do carro da Volkswagen, com 1.542.

Para se recompor, a Chevrolet tem bons argumentos. A começar por sua tradição no segmento de picapes. Tanto que a Montana já vendeu mais de 140 mil unidades desde que foi lançada, em 2003. A versão Arena, disponível a partir de R$ 34.693, chega com lista de itens que inclui ar-condicionado, direção hidráulica, faróis de neblina, regulagem elétrica dos faróis, capota marítima, rodas em alumínio com aro 14 polegadas, barras de santantônio e faróis de máscara negra.

FICHA TÉCNICA

Chevrolet Montana Arena

Motor: Gasolina e álcool, dianteiro, transversal, 1.389 cc, quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro, injeção eletrônica de combustível multiponto seqüencial e acelerador eletrônico.

Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.

Potência máxima: 105 cv com álcool e 99 cv com gasolina, a 6.000 rpm.

Torque máximo: 13,4 kgfm a 2.800 (álcool) e 13,2 kgfm a 2.800 rpm (gasolina)

Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados a gás e barra estabilizadora. Traseira semi-independente com viga de torção soldada com dois braços fundidos de controle, molas do tipo barril progressivas e amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados a gás.

Freios: Dianteiros a discos ventilados e traseiros a tambor.

Carroceria: Picape compacta com duas portas e dois lugares. 4,42 metros de comprimento, 1,64 m de largura, 1,45 m de altura e 2,71 m de distância entre-eixos.

Peso: 1.161 kg.

Capacidade do porta-malas: 1.143 litros até a borda da caçamba, com 735 kg de capacidade de carga.

Tanque de combustível: 52,5 litros.

E bate de frente com a configuração Trekking 1.4 da Strada, oferecida por R$ 33.980, com computador de bordo, direção hidráulica e faróis de neblina, mas com cerca de 20 cavalos de potência a menos que a Montana. Outra concorrente é a Saveiro 1.6 cabine simples, que parte de R$ 30.642 e tem potência semelhante à picape da Chevrolet. Com o acréscimo de ar-condicionado, direção hidráulica e vidros elétricos, a Saveiro chega aos R$ 35.611.

Além do preço competitivo, a Arena tem outros argumentos. O principal é o motor 1.4 flexfuel, que disponibiliza 105 cv de potência máxima com álcool e 99 cv com gasolina, disponíveis aos 6.000 giros, além de 13,4 kgfm de torque máximo com álcool e 13,2 kgfm com gasolina (aos 2.800 giros). Na questão estética, a versão Arena ganhou alguns retoques como adesivos laterais e faróis de máscara negra. E consegue cumprir bem a função que lhe foi atribuída: não pecar pelo excesso, nem pela falta.

IMPRESSÕES AO DIRIGIR

A Montana Arena chega com armas necessárias para defender seu espaço no nicho de picapes compactas. Nas primeiras investidas no pedal, o motor responde de forma eficiente e mostra que a capacidade de 1.4 litro é mais do que suficiente para fazer mover 1.161 kg, de caçamba vazia.

Sem carga, a Montana Arena precisou de 12,2 segundos para ir de zero a 100 km/h. Em curvas em alta velocidade, o comportamento da suspensão pede menos agressividade, já que por vezes o modelo sai de traseira e chega a torcer a carroceria. Nas retas, a flutuação já começa a ser sentida a partir dos 130 km/h.

A velocidade máxima de 170 km/h é atingida com certa dificuldade. O ponteiro do velocímetro parece não querer mais funcionar depois que os 160 km/h são alcançados. Nas retomadas, a Montana não decepciona. De 60 km/h a 100 km/h, em quarta marcha (situação típica de uma ultrapassagem em estrada) foram gastos 9,7 segundos. Já em quinta marcha, foram necessários 11,8 segundos para que voltasse à velocidade de 100 km/h.

Na parte visual, a Montana Arena marca pontos positivos. Sua robustez e seus itens de série, como faróis escurecidos e barras santantônio, dão um toque jovial e bruto ao modelo. Com lista de equipamentos razoável, a Chevrolet aposta num modelo que pode ser usado tanto para o trabalho, quanto para os finais de semana. E que atrai o consumidor pelo preço competitivo. (por Karina Craveiro

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