Pesquisadores de diversas instituições de ensino norte-americanas, entre elas o MIT (Instituto Tecnológico de Massashussets), criaram uma técnica que permite acelerar o desempenho do cérebro. O sistema detecta quando a mente está sobrecarregada com diversas tarefas simultâneas e descarrega parte do trabalho para que o computador processe.
Basicamente, o sistema, chamado de Brainput, usa uma versão reduzida de um equipamento de ressonância magnética, que analisa o cérebro do usuário em tempo real. Nos testes, os pesquisadores submeteram uma pessoa a um exercício: ela precisava conduzir dois robôs em um labirinto.
Quando o sistema detecta que o cérebro está trabalhando em várias tarefas ao mesmo tempo, como o controle de dois robôs por um labirinto, o software entra em ação e ajuda o usuário. No exemplo dos robôs, o software intercede comunicando aos robôs para que ele passe a navegar pelo labirinto com seus próprios sensores. Curiosamente, o usuário é incapaz de perceber que os robôs estão sendo parcialmente controlados por computador. O resultado da intervenção do computador é uma melhora sensível no desempenho da tarefa.
O Brainput poderia ser adaptado para outros tipos de tarefas estressantes. Quando você está em frente ao computador, realizando uma tarefa extensa, mas mecânica, o software poderia aliviar a carga de trabalho, assumindo parte do processo. Em outra situação, poderia identificar a estafa e aumentar fontes, diminuir o brilho da tela e etc.
Uma tecnologia como o Brainput teria utilidade imediata em automóveis, por exemplo. Carros com sensores capazes de detectar quando o condutor cai no sono existem há algum tempo, mas nenhum deles é verdadeiramente autossuficiente na hora de tomar decisões e se ?auto-dirigir?. Com o Brainput, seria possível que um carro se dirigisse por uma fração de tempo, suficiente para que o motorista seja despertado, ou mesmo suficiente para que o carro seja estacionado em segurança.