Pesquisadores possibilitam que objetos 4D possam virar realidade

A técnica pode dar origem a casas que se erguem sozinhas ou uniformes militares que se alteram na presença de agentes químicos

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Referir-se à representação do tempo em um objeto sólido pode parecer algo muito estranho, mas ainda assim é a explicação perfeita para uma linha de pesquisa desenvolvida em universidades norte-americanas no último ano. A impressão 4D, como é chamada a técnica, leva a prototipagem tridimensional a um outro patamar, com o uso de materiais inteligentes. A ideia é produzir objetos que continuam se construindo com o tempo, assumindo formas diferentes daquelas que têm quando saem da impressora 3D.

Camada a camada

As apresentações de Tibbits atraíram pesquisadores de todas as áreas, que se apressaram em materializar o sonho das impressões 4D. O primeiro resultado foi publicado recentemente por especialistas da Universidade do Colorado em Boulder, nos Estados Unidos. O grupo de engenheiros testou a ideia e mostrou que é possível combinar polímeros com ?memória? e materiais comuns para imprimir objetos que mudam de forma depois de prontos.

O professor de engenharia Jerry Qi explica que, até alguns anos atrás, era impossível programar na fase de design o comportamento que o material teria depois de impresso. Mas a impressora 3D permitiu a composição de materiais camada a camada, de forma que a estrutura do objeto pode ser manipulada em detalhes. ?Para uma tira mudar de uma linha reta para uma curva, não se pode usar uma fibra longa. É necessário colocar fibras curtas em locais específicos, e isso é quase impossível de se fazer à mão?, explica o autor do trabalho.

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