O robô de conversas com inteligência artificial (IA) ChatGPT foi aprovado em uma prova de MBA da prestigiada Wharton Business School, vinculada à Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.
A ferramenta, que por enquanto está em fase de testes, simula diálogos em diversos idiomas sobre variados assuntos, de maneira próxima a de humanos, com respostas para questionamentos e criação de conteúdo próprio.
De acordo com o site The Hill, o ChatGPT foi aprovado no exame final da disciplina Operations Management (gerenciamento de operações na tradução livre). O sistema fez "um trabalho incrível" e deu respostas corretas e "excelentes" em suas explicações, de acordo com professor da Wharton, Christian Terwiesch.
"[O sistema de IA] demonstrou uma capacidade notável de automatizar algumas das habilidades de trabalhadores altamente remunerados em geral e, especificamente, dos trabalhadores de cargos ocupados por graduados em MBA, incluindo analistas, gerentes e consultores", explicou o professor no artigo da pesquisa.
Terwiesch entende que o sistema é "notavelmente bom" em modificar suas respostas a partir de dicas humanas.
"Nos casos em que inicialmente falhou em combinar o problema com o método de solução correto, o Chat GPT3 foi capaz de se corrigir após receber uma dica apropriada de um especialista humano. Considerando esse desempenho, o Chat GPT3 teria recebido nota de B a B- no exame", concluiu a pesquisa.
Como funciona
O ChatGPT integra uma ampla gama de tecnologias desenvolvidas pela OpenAI, com sede em São Francisco e estreita relação com a Microsoft.
É parte de uma nova geração de sistemas de inteligência artificial capazes de conversar, redigir textos (alguns já produzem vídeos e imagens) a partir de um vasto banco de dados de livros digitais, publicações online e outras mídias.
No entanto, ao contrário de sistemas prévios conhecidos como "large language models" ("grandes modelos de linguagem", em tradução livre), a exemplo do sistema GPT-3, lançado em 2020 pela mesma empresa, o ChatGPT é gratuito e está disponível para todos na internet.
Quanto mais pessoas o usam, mais inteligente a ferramenta fica (e a OpenIA não gasta nada mais com isso).
"O formato de diálogo permite ao ChatGPT responder a perguntas específicas, admitir seus erros, questionar premissas incorretas e rejeitar pedidos impróprios", divulgou a empresa, que teve como um de seus cofundadores, em 2015, o atual proprietário do Twitter, Elon Musk. O empresário, no entanto, se desvinculou em 2018 da OpenIA.