Os médicos acreditam que Strokefinder, um pequeno aparelho que funciona enviando microondas para o cérebro, pode salvar vidas com rapidez e precisão.
Identificando mais cedo, o tratamento de AVC feito precocemente também pode reduzir o nível de sequelas e aumentar as chances do paciente ser capaz de ter uma vida normal posteriormente.
O AVC é a principal causa de incapacidade grave na Grã-Bretanha, com pelo menos 450 mil homens e mulheres, que vivem com problemas de fraqueza muscular e paralisia, além da perda de coordenação e do equilíbrio.
O tratamento medicamentoso pode reduzir o dano da forma mais simples do AVC, causado devido a um coágulo no cérebro, mas tem de ser dado dentro de três ou quatro horas desde sua aparição. Caso contrário, o medicamento pode fazer mais mal do que bem para o paciente.
No entanto, o tratamento não pode ser iniciado sem uma varredura eficaz para se ter certeza, pois a droga, quando dada para pessoas saudáveis, poderia ser fatal ou acarretar um derrame, devido a sangramentos no cérebro.
O aparelho, desenvolvido pelos suecos da empresa Medfield Diagnostics, está conectado com antenas móveis, que são colocadas no couro cabeludo do paciente, e que enviam microondas para fazer o diagnóstico, determinando rapidamente se existe um AVC ? caso seja positivo, o aparelho ainda diz se o caso é mais grave ? ou se o cérebro está saudável.
Os resultados de um teste feito em 45 pacientes, mostram que o aparelho é extremamente preciso. O pesquisador Mikael Elam, professor de neurofisiologia clínica no Hospital Universitário Sahlgrenska, em Gotemburgo, Suécia, disse: "Nosso objetivo com Strokefinder é diagnosticar e iniciar o tratamento de pacientes com AVC já na ambulância. Uma vez que o tempo é essencial, a utilização do instrumento leva os pacientes a sofrerem menos lesões do que o normal. Com isso, pode-se reduzir o tempo de internação em hospitais e a necessidade de reabilitação?.
Estudos maiores estão sendo planejados e espera-se que o aparelho seja aprovado para venda na Europa ainda este ano. Dr. Shamim Quadir, da Stroke Association, disse: "Esta pesquisa, mesmo em estágio inicial, possui uma boa proposta no que diz respeito a uma tecnologia portátil, acessível e que, com certeza, poderia ajudar muito novos pacientes?.