A fabricante de componentes para aparelhos móveis Qualcomm divulgou hoje, 6, suas estimativas de mercado para o resto deste ano e o próximo. A companhia acredita que 2019 vai terminar com um volume total entre 1,7 bilhão e 1,8 bilhão de dispositivos móveis 3G, 4G ou 5G vendidos, volume menor ou igual ao 1,8 bilhão de aparelhos comercializados em 2018. A notícia está no site Tele Síntese.
Para 2020, a Qualcomm prevê expansão do mercado. As vendas ficarão entre 1,75 bilhão e 1,85 bilhão de unidades. Dentro deste total encontram-se de 175 milhões a 225 milhões de aparelhos 5G. O restante será nas tecnologias anteriores.
Vale notar que as projeções levam em conta as próprias vendas, uma vez que a Qualcomm é hoje a fabricante que mais produz e vende processadores e modems para celulares e outros dispositivos móveis. Também é dona de patentes necessárias para conexão de aparelhos em redes móveis (CDMA, OFDMA, LTE).
Apesar disso, a companhia alerta que suas estimativas podem ter margem de erro por conta da fragilidade de dados repassados por fabricantes mundo afora. A empresa diz suspeitar de marcas de smartphones, principalmente na China, que subnotificam as vendas. Também diz que há fabricantes não licenciados na China e em países emergentes postergando negociações de licenciamento, embora sigam vendendo produtos com tecnologia da Qualcomm.
RESULTADO ANO FISCAL 2019
A companhia divulgou nesta quarta-feira, 6, seus resultados financeiros para o ano fiscal de 2019, terminado em setembro. A companhia apresentou receitas de US$ 4,8 bilhões no quarto trimestre, 17% inferiores ao mesmo período de 2018. O lucro no trimestre foi de US$ 947 milhões.
A receita no ano ficou em US$ 19,4 bilhões. O EBITDA (lucro antes de depreciação, amortização, juros e impostos) no ano foi de US$ 9 bilhões. Já o lucro líquido foi de US$ 4,3 bilhões. Ao longo de 2019 a companhia obteve US$ 4,7 bilhões em receita oriundos de acordo firmado com a Apple, que previam o encerramento de ações judiciais entre as empresas, entrada adicional de US$ 570 milhões em benefícios tributários, de US$ 450 milhões por um acordo interino de fornecimento para a Huawei.