Hackers ligados ao grupo Anonymous seguem com a semana de ataques a sites de bancos e tiraram do ar a página do Banco do Brasil nesta quarta-feira, por volta das 10h. Este é o terceiro ataque da operação #OpWeeksPayment, que na segunda-feira derrubou o site do Itaú e na terça, o do Bradesco.
Segundo informações dos grupos @AntiSecBrTeam e @iPirateGroup, que coordenam a ação, será atacado um banco por dia até sexta-feira, com indisponibilidade prevista de 12 horas. Esta semana foi escolhida por ser o período de pagamento das principais empresas, com grande volume de transações pela internet. O objetivo, de acordo com os hackers, é chamar a atenção das pessoas para o Anonymous e o objetivo do movimento.
A equipe do Terra tentou acessar o site do BB após o anúncio do grupo que teria derrubado a página e constatou inconstância no acesso. Consultado, o banco disse que apura as informações e se manifestará oficialmente quando tiver mais dados.
Febraban
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou que "os ataques a sites dos bancos, se bem sucedidos, atingiriam e prejudicariam a população que utiliza os serviços eletrônicos para obter informações e realizar transações bancárias". O texto também menciona "mecanismos e contingências" das instituições financeiras para impedir os ataques. O comunicado conclui afirmando que a federação "vem postulando com empenho a aprovação de lei especifica que criminalize ataques e fraudes eletrônicas".
Controverso
No Facebook, a página Plano Anonymous Brasil - também atribuída ao grupo hacker - nega que os ataques desta semana tenham relação com o coletivo de ciberativistas. "Anonymous não tem como alvo a sociedade, os prejudicados por esta ação são única e exclusivamente os cidadãos", diz a mensagem publicada por volta das 14h30 desta terça-feira. Segundo o texto, a operação seria obra dos hackers do "@AntisecBrTeam, @iPiratesGroup e a @Lulzsecbrazil, grupos estes, que se declararam contra o Anonymous abertamente, e estão executando essa ação como tentativa de desmoralizar o coletivo". A nota termina pedindo para que as pessoas que não concordam com o ataque compartilhem o post.