A tecnologia do celular está cada vez mais avançada e por conta disso eles são considerados computadores portáteis. Portanto são capazes de executar programas e realizar diversas atividades, até as maliciosas, como acontece em computadores comuns. Mas para infectar um aparelho celular é diferente, e o que pode ser feito com um aparelho infectado também.
O país tem em média 160 milhões de aparelhos de telefonia celular em utilização. De acordo com Ricardo Dantas, Diretor Técnico da Tecdata (Tecnologia em Dados), a quantidade de vírus de celular cresce e tem risco de infecção, mas deixa claro que o vírus de celular não é o mesmo que obter vírus através do celular. ?Uma atividade comum é conectar o aparelho no computador para transferir dados ou sincronizar. Alguns aparelhos são configurados para funcionar como dispositivo de armazenamento USB, como um pen drive. Desta maneira, um vírus que está em pen drive pode se copiar para o celular, infectando assim outros computadores onde o celular for conectado?, explica.
Ainda segundo ele, este vírus não é de celular. ?Para que um vírus seja considerado ?de celular? ele precisa ser executado diretamente no celular, e não apenas usar o celular como um meio para infectar outros computadores?, pontuou Dantas.
Mas o único grupo de aparelhos que estão em risco são os smartphones. São os celulares mais avançados, que podem executar uma série de aplicativos diferentes. Eles possuem multitarefa, ou seja, pode ter vários aplicativos em execução ao mesmo tempo, o que permite que um vírus continue sendo executado enquanto o usuário utiliza o aparelho.
Mundialmente, o mercado de smartphones representa apenas 12% de todo o mercado de telefonia celular, segundo levantamento do Gartner, empresa de consultoria que desenvolve tecnologias. Isso representa que apenas um de cada oito aparelhos vendidos tem qualquer risco de ser infectado, o que garante a baixa disseminação de vírus.
De acordo com o profissional, ainda não vale a pena instalar um antivírus no celular pois eles não são um alvo tão interessante quanto computadores, até o momento. ?Eles não estão conectados 24 horas à internet. Além disso, o consumidor pode perceber facilmente através da conta mensal. Não é possível que um vírus que envie spam passe despercebido?, finalizou o Diretor da Tecdata, Ricardo Dantas.