Twitter: Pedidos de governos sobre contas são detalhados

Governo dos EUA foi o que mais pediu informações ao microblog.

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O Twitter liberou um relatório na segunda-feira (2) sobre as informações de usuários que foram requeridas por governos este ano e como a companhia respondeu a isto.

Os dados mostram que o governo dos EUA pediu informações sobre usuários muito mais do que qualquer outro país. Entre 1 de janeiro e 30 de junho, o microblog recebeu de autoridades norte-americanas 679 pedidos de informações relativas a 948 usuários. O Japão veio em segundo lugar, com 98 requisições sobre 147 cadastrados. O Brasil solicitou dados de apenas 10 contas.

A maioria dos usuários do serviço está nos EUA, de acordo com dados publicados em janeiro pela Semiocast. O Japão possui a terceira maior base de usuários, ficando atrás do Brasil. O Twitter notou que algumas solicitações podem ter como alvo os mesmos usuários ou usuários inexistentes.

A empresa forneceu a totalidade ou parte das informações solicitadas em 75% das investigações iniciadas pelo governo dos EUA, e providenciou informações em resposta à metade das solicitações da Holanda e um terço dos pedidos do Japão e da Austrália. Grande parte dos casos tinha ligação com investigações criminais, de acordo com a companhia. O número de pedidos em 2012 já ultrapassou o total de 2011.

Isso provavelmente acontece porque os governos estão cada vez mais buscando, no conteúdo armazenado pelas redes sociais, uma grande quantidade de informações sobre seus usuários que podem ser úteis para a aplicação da lei, disse Eva Galperin, coordenadora de liberdade de expressão internacional na Electronic Frontier Foundation. Os dados, muitas vezes, incluem localização física e afiliações políticas e sociais.

"É realmente uma decisão das empresas se elas vão cumprir ou não com os pedidos de informação, assim elas se tornam árbitros extremamente poderosos que são capazes de censurar", disse ela.

A EFF dá notas mais altas ao Twitter - em relação a avaliações feitas a outras empresas - quando se trata de ser transparente sobre pedidos do governo e ficar ao lado de seus usuários nos tribunais. Por exemplo, em um caso atual, a companhia resistiu a entregar os dados de um manifestante do Occupy Wall Street.

Proteger a privacidade do usuário pode ser uma boa estratégia para os negócios, segundo Chris Conley, um advogado de tecnologia e liberdades civis no American Civil Liberties Union of Northern California. O Twitter ?reconhece que os usuários usam o microblog não só porque é um grande serviço, mas também porque confiam na empresa?, disse ele.

?Quanto mais você puder mostrar aos usuários que é confiável, fazendo o possível para proteger suas informações, mais provável será que eles continuem confiando e se envolvendo com o seu serviço", concluiu.

O Google emite periodicamente um relatório semelhante, e disse também que a maioria dos pedidos é originária dos EUA.

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