O Twitter ocultou uma publicação do presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, por violação das regras da rede social relativamente a "comportamento abusivo", permitindo, contudo, a visualização do tweet pelos utilizadores que o queiram fazer.
"Nunca vai haver uma zona autônoma em Washington enquanto for Presidente. Se tentarem, vão enfrentar força significativa", escreveu o chefe de Estado dos EUA, no contexto das manifestações que decorrem há várias semanas e que começaram com o protesto contra a morte do afro-americano George Floyd, morto pela polícia de Minneapolis (Minnesota), mas que se converteram em contestação antirracista.
O Twitter ocultou a publicação, esclarecendo que o 'tweet' "violou as regras do Twitter relativamente a comportamento abusivo. Contudo, o Twitter determinou que poderá ser do interesse público manter o 'tweet' acessível", razão pela qual é permitido aos utilizadores visualizar o conteúdo.
George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu a 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.
Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas.
Os quatro polícias envolvidos foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi acusado de homicídio em segundo grau, arriscando uma pena máxima de 40 anos de prisão.
Os restantes vão responder por auxílio e cumplicidade de homicídio em segundo grau e por homicídio involuntário. A morte de Floyd ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares numa loja.