Um vídeo no YouTube está sendo espalhado na web por acusar o Facebook de ganhar receita de publicidade através de falsas curtidas. O vídeo foi divulgado por Derek Muller pelo Veritasium, seu canal de vídeos sobre ciência, e já teve mais de 950 mil interações.
Muller fez a acusação baseado em um teste que realizou com a página do Veritasium no Facebook. Ele pagou à publicidade da rede social para promover sua página, e ganhou 80 mil seguidores, mas, segundo ele, a maioria deles eram usuários falsos de países em desenvolvimento.
Esse mesmo teste já tinha sido feito pelo jornalista da BBC Rory Cellan-Jones, que criou uma página falsa chamada ?Virtual Bagel?. A descrição da página apenas dizia: ?nós mandamos bagels para você pela internet - apenas faça o download e aproveite?. Cellan-Jones pagou a publicidade do Facebook e escolheu o público que gostaria de atingir, incluindo pessoas nos Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, Índia, Egito, Indonésia, Malásia e Filipinas. Em 24 horas, a Virtual Bagel já tinha 1.600 curtidas, vindas principalmente da Indonésia, Filipinas e Egito. Ao reduzir o público-alvo para usuários apenas dos Estados Unidos e Reino Unido, as curtidas também caíram.
Como resultado desses testes, Derek Muller e Rory Cellan-Jones perceberam que suas páginas não tinham engajamento dos usuários, apenas curtidas de perfis estranhos. Um deles, por exemplo, era de uma pessoa chamada Ahmed Ronaldo, do Cairo, mas o perfil tinha apenas fotos do jogador de futebol Cristiano Ronaldo e mais de 3 mil páginas curtidas.
Muller afirma no vídeo que as falsas curtidas também vêm de países desenvolvidos, como Canadá, Estados Unidos e Austrália. Em 2012, quando o jornalista da BBC divulgou sobre seu teste, o Facebook, logo em seguida, disse que identificou e deletou 83 mil perfis falsos, mas Muller também acusa a rede social de não ter apagado todas essas contas.
Contatado, o Facebook ainda não retornou sobre o assunto.