O presidente Michel Temer, que é aposentado como procurador do estado de São Paulo, não recebeu seus proventos referentes aos meses de novembro e dezembro do ano passado devido não ter feito o recadastramento obrigatório, a chamada prova de vida, que deve ser feita por todo beneficiário no mês de seu aniversário. Temer fez 77 anos em 23 de setembro de 2017.
A São Paulo Previdência (SPPrev) que é a responsável pela folha de pagamento de pesões e aposentadorias do governo paulista informou que o benefício é suspenso sempre que a prova de vida não é realizada, assim como aconteceu com Temer, e com isso o benefício é automaticamente suspenso e sai da folha de pagamento da instituição.
Mas segundo a SPPrev a situação do presidente já está sendo regularizada. Para fazer o recadastramento, é necessário comparecer a qualquer agência do Banco do Brasil no país ou em uma das unidades de atendimento presencial da SPPrev.
Em nota, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência declarou que Temer não fez o recadastramento por "falta de tempo", mas que "fará assim que possível".
Temer se aposentou aos 58 anos, em 1999, como procurador. O portal da transparência do Governo de São Paulo mostra que, em outubro, o valor pago de aposentadoria a Temer foi de R$ 45.050. Com o abatimento do teto previsto para o cargo, seu rendimento final ficou em R$ 22,1 mil naquele mês. Depois disso, não há mais registro de pagamento.
Além da aposentadoria, Temer recebe ainda como presidente da República, mas esta remuneração também sofre abatimento, por conta do teto constitucional para servidor público. Com isso, o peemedebista recebe por mês mais R$ 2,7 mil pelo exercício do cargo de presidente. Mesmo sem a aposentadoria, o salário de presidente teve o abatimento.