Temperatura média em Teresina teve aumento de 2º Celsius no século passado

A tendência é que a temperatura suba ainda mais, enquanto a umidade relativa do ar continue reduzindo.

Temperatura média em Teresina teve aumento de 2º Celsius | Reprodução
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Teresina se encontra com alto risco de vulnerabilidade climática. Para encontrar uma solução para os efeitos dos problemas climáticos, a Prefeitura de Teresina, por meio da consultoria I Care, apresentou durante o ClimaTHE 23, os resultados preliminares do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa e análise de risco. Tal material é essencial para o desenvolvimento do Plano de Ação Climática de Teresina.

A apresentação foi feita durante o evento ClimaTHE23: Teresina Cidade Climática, realizado no Cine Teatro UFPI, nesta segunda-feira (20). O inventário será finalizado a partir das observações e discussões das oficinas setoriais do ClimaTHE 23 e logo será publicado pela Prefeitura de Teresina.

Temperatura média em Teresina teve aumento de 2º Celsius no século passado

Entre os dados apresentados de forma preliminar, está a capacidade de emissão individual de CO2 do teresinense, que foi de 2,9 toneladas de dióxido de carbono equivalente (tCO2e) em 2020, de acordo com dados Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), bem como dados da taxa de aquecimento da capital. A temperatura média em Teresina teve aumento de 2º Celsius no século passado, a uma taxa duas vezes superior à média de aquecimento global, que é de 1ºC. A tendência é que a temperatura suba ainda mais, enquanto a umidade relativa do ar continue reduzindo.

Segundo relatório do Centro de Eficiência em Sustentabilidade Urbana de Teresina (CESU), atualmente, Teresina enfrenta um cenário de aquecimento que se tornará uma realidade para os demais países do globo apenas em 2030, de acordo com algumas previsões publicadas no Special Report on Global Warming of 1.5°C do IPCC (2019).

“Teresina tem importantes desafios relacionados à mudança do clima e nós estamos trabalhando em uma série de ações que deverão aumentar a resiliência da cidade. O Plano de Ação Climática é mais um passo em direção a esse objetivo. Esperamos que toda a população possa contribuir com esse momento e, assim, juntos, construiremos a cidade que queremos”, explica Leonardo Madeira, coordenador da Agenda Teresina 2030.

O Inventário leva em consideração os setores de Energia, Transporte, Resíduos e Efluentes, Processos Industriais e Agricultura, Florestas e Uso do Solo. Contabiliza as emissões de gases do efeito estufa de atividades desenvolvidas dentro dos limites da cidade.

“Já estamos nessa parceria com a Prefeitura de Teresina a algum tempo e estamos aqui para apresentar informações que subsidiarão o plano de ação climática. Nós já vemos muitas mudanças climáticas e precisamos ficar atentos às emissões de gases e seus efeitos na sociedade. Por isso, estamos com esse inventário preliminar para estabelecer diretrizes para desenvolvermos o plano de ação. ”, explica Victor Gonçalves, gerente de Polo Clima I Care.

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