Número de mortos no Rio Grande do Sul sobe para 56, diz Defesa Civil

Os temporais no Rio Grande do Sul deixaram um rastro de destruição, elevando o número de mortos para 50 e deixando 68 desaparecidos e 74 feridos.

Cidades inundadas por causa dos temporais que assolam o Rio Grande do Sul | DONALDO HADLICH /CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO
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Os temporais que assolam o Rio Grande do Sul elevaram o número de mortos para 56, na manhã deste sábado, segundo dados da Defesa Civil. Há ainda 74 feridos. Equipes de resgate e assistência estão trabalhando para atender às necessidades das vítimas. 

DESAPARECIDOS E DESABRIGADOS: De acordo com boletim da Defesa Civil, 281 municípios foram afetados deixando 8.296 pessoas em abrigos e 24.666 cidadãos desalojados. O número de desaparecidos chega a 67. 

"Esses números podem mudar ainda substancialmente ao longo dos próximos dias, na medida em que a gente consiga acessar as localidades e consiga ter a identificação de outras vidas perdidas", diz o governador Eduardo Leite (PSDB).

Mortes:

Canela (2)

Candelária (1)

Caxias do Sul (4)

Bento Gonçalves (4)

Boa Vista do Sul (2)

Paverama (2)

Pantano Grande (1)

Pinhal Grande (1)

Putinga (1)

Gramado (6)

Itaara (1)

Encantado (1)

Salvador do Sul (2)

Serafina Corrêa (2)

Segredo (1)

Santa Maria (5)

Santa Cruz do Sul (4)

São João do Polêsine (1)

Silveira Martins (1)

Vera Cruz (1)

Taquara (2)

São Vendelino (2)

Três Coroas (3)

ÁREA ATINGIDA: Os estragos dos temporais se estendem por um vasto território, com 235 dos 496 municípios do estado reportando algum tipo de problema, afetando diretamente 351.639 mil pessoas, segundo dados da Defesa Civil. A tragédia continua a demandar esforços coordenados de resgate e assistência às comunidades atingidas, enquanto as equipes de resposta trabalham para mitigar os impactos dessa calamidade. 

“O Estado tem suas restrições financeiras, mas não serão poupados recursos para prestar o atendimento necessário para salvar vidas e permitir a reconstrução do patrimônio público e das famílias gaúchas", disse o governador em entrevista coletiva no fim da tarde desta sexta-feira (3).

RODOVIAS INTERDITADAS: Os temporais causaram danos também na infraestrutura viária do RS. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), 188 trechos de rodovias enfrentam algum tipo de bloqueio em razão disso. Do total, cinco trechos de rodovias federais e 28 trechos de rodovias estaduais sofrem bloqueio parcial. Os demais trechos enfrentam bloqueios totais.

Em Porto Alegre, o nível do Guaíba superou a cota de inundação, transbordando e avançando sobre ruas e avenidas. A estação rodoviária da cidade foi inundada e 95% das viagens foram suspensas. Já o Aeroporto Salgado Filho foi fechado "devido ao elevado volume de chuvas".

SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA: O governo decretou estado de calamidade no estado, reconhecido pelo governo federal, permitindo solicitação de recursos para ações de defesa civil. A Defesa Civil alertou sobre o risco de enchentes em várias bacias hidrográficas.

AUXÍLIO NO RESGATE: A Força Nacional enviou 100 membros, incluindo 60 bombeiros, para auxiliar nas operações de resgate. Além disso, foram deslocados veículos e botes de resgate. A Polícia Rodoviária Federal mobilizou 75 agentes e sete especialistas em resgate para ajudar nas operações de salvamento.

PREVISÃO DE MAIS CHUVAS: Os temporais que ocorrem no Rio Grande do Sul são reflexo das correntes intensas de vento, de um corredor de umidade vindo da Amazônia, aumentando a força da chuva, e a um bloqueio atmosférico, devido às ondas de calor. Até este sábado (4), há previsão de mais chuva com acumulados que podem chegar até 400 milímetros. O volume deve se somar aos mais de 300 milímetros de chuva registrados nos últimos 4 dias.

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