Mais de 24 horas após o forte temporal que atingiu a cidade de São Paulo na tarde de quinta-feira (29), passageiros ainda enfrentam dificuldades no Aeroporto de Congonhas. Até o momento, 115 voos foram cancelados, sendo 72 na quinta-feira e 43 nesta sexta-feira. Com informações do g1.
Dificuldades no aeroporto
As filas nos guichês das companhias aéreas são extensas, tanto para remarcar voos quanto para obter informações sobre os cancelamentos. Passageiros também relataram longas esperas, com alguns tendo que passar a noite no aeroporto devido à falta de opções de hospedagem.
Segundo a concessionária Aena, que administra o terminal, os cancelamentos foram causados pelas "condições meteorológicas adversas" e por ajustes operacionais das companhias aéreas. Para mitigar os impactos, o funcionamento do aeroporto foi estendido até a meia-noite de quinta-feira.
Relatos de passageiros
Vários passageiros compartilharam suas experiências diante dos transtornos:
Iuri Santana, que viajava com o pai para assistir à final da Libertadores em Buenos Aires, teve o voo para Foz do Iguaçu cancelado. A nova opção oferecida pela companhia aérea impossibilitaria a chegada em tempo hábil para o evento. Ele reclamou da falta de assistência, afirmando que não recebeu alimentação nem hospedagem.
Vitória Correia, que voltava de uma viagem com a família, relatou ter passado cerca de oito horas em uma fila para remarcar o voo cancelado. Segundo ela, a Gol chegou a oferecer hospedagem inicialmente, mas as vagas esgotaram rapidamente, deixando muitos passageiros sem suporte.
Nivaldo Júnior, que tentava retornar a Curitiba, enfrentou dois cancelamentos consecutivos. Ele passou a madrugada no Aeroporto de Guarulhos e foi levado a um hotel, mas a solução definitiva só foi encontrada após negociação direta com a companhia.
Os passageiros também relataram que os vouchers de alimentação oferecidos eram insuficientes para cobrir os altos preços no aeroporto, onde itens básicos, como água e salgados, apresentavam valores elevados.
Impactos do temporal
O temporal deixou São Paulo em estado de atenção para alagamentos, causando queda de energia em diversas regiões. No auge do problema, cerca de 130 mil imóveis ficaram sem luz. Segundo a Enel, as zonas Oeste e Sul foram as mais afetadas, e equipes seguem trabalhando para normalizar o fornecimento.
As companhias aéreas informaram que estão oferecendo assistência conforme a Resolução 400 da ANAC, priorizando a segurança dos passageiros. No entanto, os relatos indicam dificuldades no atendimento e na comunicação com os clientes.