O Comando da Polícia Militar em São Paulo decidiu expulsar da corporação o subtenente Ivo Ferreira de Oliveira, de 50 anos, apontado como o autor do estupro e do homicídio da vendedora Janaina da Silva Santos, de 28 anos. O ex-oficial, entretanto, permanece preso no Presídio Militar Romão Gomes, na capital paulista.
Janaína desapareceu em 28 de julho de 2016, logo após deixar o trabalho, em Registro, na região do Vale do Ribeira. Imagens de câmeras de monitoramento de uma loja próxima de onde a vendedora trabalhava mostram a mulher passando por uma rua e, logo depois, um carro a seguindo. No veículo, estava o policial.
Ainda na ocasião do crime, um funcionário de um posto de gasolina afirma ter visto o momento em que o automóvel, que possuía placas de Sorocaba, parou ao lado da mulher. De acordo com ele, Janaina teria conversado com o motorista do automóvel e entrou no veículo. O corpo dela foi localizado em 5 de agosto.
A apuração dos fatos, coordenada pelo delegado Marcelo Freitas, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), verificou que Janaína era amiga da ex-mulher de Oliveira e, por isso, aceitou a oferta de uma carona feita por ele. Não foi identificado qualquer relacionamento entre os dois antes desse dia.
O subtenente da PM foi identificado durante investigação e preso em 21 de agosto do mesmo ano depois da Polícia Civil realizar um levantamento com sete mil placas de automóveis cadastrados no Estado com as características do mesmo veículo utilizado no dia do crime. O policial não resitiu à prisão.
O carro foi apreendido e, dentro dele, foram encontrados vários objetos como uma faca, preservativos e estimulantes sexuais. Uma perícia também foi realizada no veículo e ficou comprovado que havia várias manchas de sangue no banco e na porta do passageiro, comprovando que ali esteve Janaína antes de morrer.
Nesta quinta-feira (1), o comando da Polícia Militar no Estado confirmou que expulsou o subtenente, que permanece ainda no presídio militar. Por não ser mais um oficial, ele deverá ser transferido para um presídio comum e responder às acusações do crime na Justiça Estadual.