Teresina está em sétimo lugar entre as capitais brasileiras no Ranking de Eficiência dos Municípios elaborado pelo jornal Folha de S. Paulo (REM-F) que avalia o que as gestões conseguem entregar à população nas áreas de saúde, educação e saneamento gastando menos recursos públicos. Teresina alcançou o índice de 0,520 numa escala que vai de 0 [ineficiente] a 1 [eficiência máxima] e integra o seleto grupo de 24% das cidades avaliadas como eficientes entre os 5.281 municípios avaliados pelo REM-F.
Entre as capitais, Teresina fica atrás apenas de Vitória – 0,597; Florianópolis – 0,576; Belo Horizonte – 0,542; Belém – 0,555; João Pessoa - 0,550 e Aracaju – 0,549. O ranking é liderado pela cidade de Cachoeira da Prata, no interior de Minas Gerais, com nota 0,656.
O ranking na capital é puxado pelos investimentos em Educação. Segundo o levantamento, Teresina alcançou nota 0,686 – bem superior à média nacional de 0,509. Em segundo lugar aparece os investimentos em Saneamento com nota 0,683, também acima da média nacional de 0,567.
Segundo o levantamento, Teresina gasta 43% do dinheiro público com Saúde, bem acima da média nacional de 24%, o que em nível de eficiência coloca a capital abaixo da média nacional de 0,500 marcando nota 0,456 no REM-F. A receita total do município é comprometedora com nota 0,142 diante da média nacional de 0,166.
A pesquisa leva em conta a receita de 2013, que em Teresina foi de R$ 2,2 bilhões. O que perfaz uma receita total por habitante de R$ 2.394, sendo que a transferência pública representa 66% da receita de Teresina.
Três entre cada quatro municípios do Brasil (76%) não são eficientes no uso dos recursos disponíveis para as áreas básicas de saúde, educação e saneamento, segundo os critérios e análises dos resultados do REM-F.
Em termos de atividade econômica, são mais eficazes na gestão as cidades onde predominam os serviços e a indústria. As menos eficientes dependem mais da agricultura ou da própria administração municipal.
Colocando-se os 5.281 municípios da base do REM-F em uma escala de 0 (ineficiente) a 1 (eficiência máxima), 5% deles ficam no intervalo de 0 a 0,3, 71% ficam entre 0,3 e 0,5, e 24%, entre 0,5 e 1.
Nesse percentual de municípios mais eficientes, a participação dos serviços e da indústria no PIB supera os 35%.
Indústria e serviços normalmente demandam pessoal mais escolarizado e treinado e são as atividades que pagam melhores salários em comparação com a agricultura, por exemplo.