Teresina é campeã em raios na região Nordeste, diz Inpe

Uma pesquisa recente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais mostrou que Teresina é a capital do Nordeste com maior incidência de raios

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A temporada de raios no Brasil já começou e, enquanto nós somos o país onde eles mais caem, Teresina é a capital do Nordeste onde há maior incidências dessas descargas elétricas. Os dados são de uma pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Estudiosos dos fenômenos atmosféricos revelam que a cada segundo caem sobre a terra cerca de 100 mil raios, produzidos por duas mil tempestades. A ação do raio é fulminante, ocorrendo em curtíssimo tempo e aleatoriamente, surgindo daí as dificuldades para se manter um laboratório específico de observação.

Em Teresina, segundo o físico Lindemberg Lemos, dentre outros, dois fatores podem explicar essa alta incidência de raios na cidade. ?Teresina tem muito minério de ferro em seu solo e, além disso, as árvores da nossa capital também contribuem para atrair esses raios?, disse. A meteorologista da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), Sônia Feitosa, afirma que as altas temperaturas da capital também contribuem.

Além de Teresina, ela afirma ainda que cidades como Nossa Senhora dos Remédios, Joaquim Pires e Murici dos Portelas também registram grande incidência desse fenômeno.

A cada 50 mortes por raios no mundo, uma é no Brasil. São 130 mortes e mais de 200 feridos por ano e prejuízos anuais de um bilhão de reais. A probabilidade de morrer atingido por um raio é de 0,8 por milhão por ano no Brasil, mas essa probabilidade pode ser muito maior, dependendo de onde a pessoa está e do que ela está fazendo no momento da tempestade.

Do total, 80% dessas mortes poderiam ser evitadas se as pessoas soubessem como agir durante as tempestades.

Então, quando estiver chovendo, saia de perto de árvores. E mesmo dentro de casa, atenção: não fique próximo de nenhum objeto de metal, principalmente se estiver ligado à rede elétrica ou telefônica.

O problema é tão sério que especialistas já dizem que isso é uma tragédia maior do que as causadas por deslizamentos e enchentes. E é na primavera e no verão, época com mais tempestades, que a preocupação aumenta.

Índice de raio ultravioleta chega a nível extremo em Teresina

Céu aberto, sem a presença de nuvens, e sol forte são muito comuns em Teresina nesse período do ano. O resultado disso são altos índices de raio ultravioleta (IUV) na capital. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que a cidade chegou ao grau extremo, o que é muito prejudicial à saúde da pele.

O IUV representa o valor máximo diário da radiação ultravioleta, ou seja, o horário de máxima intensidade de radiação solar. Como a cobertura de nuvens é algo muito dinâmico e variável, o IUV é sempre apresentado para ausência de nuvens que, na maioria dos casos, representa a máxima intensidade de radiação.

Teresina costuma registrar índices altos durante boa parte do ano, mas para estes dias ele deve ficar entre 13 e 14, numa escala que vai de 1 a 14+. Normalmente, quando há nuvens no céu, esse índice é de 6 ou 7. Na segunda-feira (07), o índice chegou a 14. Já hoje e amanhã, de acordo com o INPE, ele ficará em 13.

O índice ultravioleta é considerado baixo quando é menor do que dois; moderado quando fica entre três e cinco; alto quando entre seis e sete; muito alto quando entre oito e dez e extremo quando alcança um índice maior do que 11.

Mesmo com os altos índices, a probabilidade de chuva durante o dia de hoje ainda é alta. No domingo (06) à noite e na segunda-feira (07), os teresinenses foram surpreendidos com chuva, em algumas regiões da cidade.

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