Os imigrantes, que fugiram da crise na Venezuela, encontram-se em Teresina, desde maio de 2019: acolhimento, alimentação, orientações e encaminhamentos para os mais diversos serviços dos órgãos públicos. Atualmente, cerca de 306 indígenas venezuelanos, subdivididos em 76 famílias, são acolhidos em três abrigos na capital.
Segundo levantamento de acolhidos venezuelanos realizados pela Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), por meio da Gerência de Proteção Social Especial (GPSB), no mês de fevereiro deste ano, as famílias estão subdivididas: no abrigo Piratinga, localizado no Bairro Poti Velho, acolhe 13 famílias; no abrigo CSU Buenos Aires, no Bairro Buenos Aires, 29 famílias; e o abrigo Emater, localizado na BR 343, está com 34 famílias.
De acordo com o secretário da Semcaspi, Allan Cavalcante, as famílias venezuelanas encontram nos abrigos, uma equipe multiprofissional, que presta os atendimentos e orientações necessárias.
“Temos uma parceria com a entidade, a qual executa este trabalho de assistência a estas famílias. Nos abrigos, são oferecidos os trabalhos de profissionais, como: assistentes sociais, psicólogos e educador social, fazendo com que estas famílias indígenas possam ter os esclarecimentos, os encaminhamentos necessários e especialmente, dignidade na nossa capital”, ressaltou o secretário.
Para Allan Cavalcante, por se tratar de população com outras culturas, há tentativas de manutenção, mas devido a inserção, houve a necessidade de apresentar novas possibilidades a estas famílias.
“A ideia é torná-los, futuramente, independentes, saindo deste universo institucional e passem a viver em um ambiente familiar. Buscamos manter a cultura deles, dentro das possibilidades e também apresentamos as nossas vivências, como a necessidade de profissionalização, ofertando oficinas, orientações sobre as leis brasileiras, especialmente, a proibição de levar crianças para a prática da mendicância”, esclareceu.
CESTAS BÁSICAS SEMANAIS
As 76 famílias venezuelanas recebem semanalmente, mais especificamente, todas as terças-feiras, cestas básicas padronizadas, gás de cozinha e kits de higiene e limpeza, que auxiliam na alimentação e nos cuidados com a saúde.
“Nós temos um tratamento diferenciado com este grupo indígena, em vista de sua peculiaridade. Um dos atendimentos diferenciados é o atendimento semanal com relação a cesta básica e os kits higiene e limpeza. Toda a semana, todos os abrigos são contemplados com cestas básicas e estes kits. As cestas básicas são diferenciadas, por conter itens que a nossa cesta básica brasileira não contém, por exemplo, trigo e o macarrão parafuso. Os itens são proporcionais a quantidade de pessoas que têm em cada família”, disse Allan Cavalcante.