Mais um passo foi dado para a implantação da fábrica de placas de energia solar no Piauí. Em audiência no palácio de Karnak nesta segunda-feira (13), o Governo do Estado estreitou acordo com empreendimentos europeus do setor de energia fotovoltaica, representados pelo empresário italiano Paolo Roncali. A previsão é que o investimento seja instalado dentro do Projeto Vale do Silício do Piauí, projetado pelo Estado para execução na região do Socopo, zona Leste de Teresina.
No Vale do Silício piauiense, além da fábrica de produção de materiais para geração de energia fotovoltaica, estão sendo projetadas áreas de moradia e de saúde. Outra intervenção programada é o Centro de Inovação Tecnológica e Artes (CITA), que vai reunir pesquisadores acadêmicos e produtores e artistas culturais.
A implantação da usina no Piauí é um dos resultados das últimas agendas internacionais do Governo do Estado na Europa. “Quando eu estive na Holanda e na Itália nós tratamos de projetos relacionados a essa parte de energia. Agora recebemos aqui os empreendedores e acertamos a implantação, junto com o projeto chamado Vale do Silício do Piauí. Neste ambiente teremos a construção de uma fábrica de placas solares e produção de equipamentos de energia solar e uma usina de produção de energia solar com capacidade de cinco megawatts de potência”, informou Dias.
Na audiência foi acordado que o Estado se dispões em suas estruturas próprias, como escolas, hospitais, e sedes de administração, onde há grande consumo energia elétrica; de se comprometer em adquirir os equipamentos para produção de energia solar, produzidos no Piauí. Além disso, o governo se comprometeu em garantir os incentivos necessários através da Agência de Fomento e do Fundo da Previdência. Para Wellington Dias, a ação é um grande investimento, com rentabilidade de 25% sobre o valor investido.
“Fico muito feliz, é uma oportunidade de ter grupos de ponta do mundo em design, com condições de oferecer estruturas local para a produção de prédios modernos, que gerem energia e economia para empreendimentos de diferentes setores”, pontuou o governador.
De acordo com o secretário de Mineração Petróleo e Energias Renováveis, Luís Coelho, a fase agora é de firmar o termo de compromissos mútuos entre o Estado e as empresas. Ele acredita que o ramo da energia solar, além de rentável, é sustentável. “Teresina ganha e a população ganha também afinal trata-se de um investimento moderno, nós estamos trabalhando com energia fotovoltaica”, afirmou dizendo ainda que objetivo é de também criar avenidas com instalações movidas por energia solar, gerando emprego, melhores condições de moradia, e avanço técnológico.
“Nós vamos traçar planejamento. Quanto mais rápido melhor. A empresa tem interesse de vir logo e o governo de investir. Já pontuamos de onde virão os recursos. Está tudo pontuado para dar certo”, concluiu o secretário.
Lixo que gera energia
Outro setor de investimentos apontados pelo empresariado europeu se refere à gestão de resíduos. A proposta é implantar a longo prazo nos municípios do Piauí mecanismos que garantam o aproveitamento do lixo orgânico para a geração de energia. A técnica, já aplicada em países da Europa como a Alemanha, extrai de resíduos sólidos descarados e em decomposição gases que podem gerar energia. O metano é um desses biogases que são produzidos naturalmente e que podem ser convertidos em energia elétrica.