Diferente de muitas cidades brasileiras, Teresina registrou aumento no número de leitos do SUS (Sistema Único de Saúde). Em 2010, havia 2.195 leitos de internação públicos e no ano de 2015, o número passou a ser de 2.258 cadastrados, de acordo com os dados disponíveis para consulta pública no site do CFM (Conselho Federal de Medicina).
Recentemente, o Conselho Federal de Medicina (CFM) apontou diminuição de quase 24 mil leitos de internação na rede pública de saúde do Brasil, entre 2010 e 2015. No Piauí, houve queda de 606 leitos de internação do SUS.
Aderivaldo Andrade, secretário municipal de saúde, ressalta que o desempenho de Teresina deve-se a um esforço da gestão municipal e do trabalho em conjunto das autoridades. ”Teresina conseguiu que o Hospital Universitário fosse aberto, o que representou inicialmente o funcionamento de 160 leitos, tendo ainda mais 40 para serem ativados. Por outro lado, o município investiu na expansão do serviço de saúde com a construção do novo hospital do Monte Castelo, da UPA, ampliação do pronto atendimento do HUT e da maternidade Wall Ferraz”, enumera.
Segundo ele, nos últimos anos, vários hospitais privados reduziram o seu número de leitos ou mesmo chegaram ao fechamento por completo, como o hospital Santa Maria, que realizava cirurgias e transplantes cardíacos e deixou de atender pelo SUS. “Mesmo com essa realidade enfrentada por todos os estados brasileiros e considerada como um problema grave, os dados em Teresina são positivos”, destaca Aderivaldo.
O secretário observa que a população está aumentando e número de doentes também. “A população está envelhecendo e o aumento do número de UTIs torna-se cada vez mais necessário. O número de traumas automobilísticos é crescente e a quantidade de pacientes com câncer e outras doenças crônicas também. Tudo isso gera uma situação em que o número de leitos precisa aumentar e jamais diminuir. Além desse aumento, é preciso que seja feita melhor gestão dos leitos já existentes. É isso que temos feito”, afirma.