Quem precisa pegar táxi em Teresina, sobretudo nos finais de semana, há muito tempo sofre com a demora desse serviço. Telefones ocupados, esperas de até uma hora entre a solicitação e a chegada do veículo são só alguns dos problemas enfrentados pelo teresinense.
Segundo o presidente do Sindicato dos Taxistas de Teresina, Antônio Barbosa, tudo isso se justifica com o déficit de táxis na capital, que hoje, de acordo com ele, chega a cerca de mil profissionais.
Hoje, Teresina tem 1.556 taxistas com alvará, que lhes permite trafegar pela cidade. No entanto, o sindicalista explica que, por lei, são necessários mais 554 profissionais, para completar os dois mil previstos na legislação.
"A lei diz que é necessário um taxista para cada grupo de 500 habitantes e pelos cálculos, deveríamos ter dois mil táxis circulando na cidade. Mas nós sabemos que só isso não é suficiente. Hoje Teresina precisa de pelo menos mais mil taxistas para que sejamos capazes de atender à demanda da cidade", afirmou.
O problema se agrava, de acordo com Antônio Barbosa, com o fato de cerca de 30% dos táxis que deveriam estar nas ruas, atendendo à população, estarem dentro de garagens e sendo usados como carro particular.
"Muita gente tem o alvará que lhe dá direito a ter um táxi e usa isso apenas para ter as vantagens na hora de comprar um carro, pois nós sabemos que os taxistas tem uma série de benefícios na hora de adquirir um veículo, como o pagamento de impostos mais baratos", denunciou.
A atual frota, de 1.556 táxis, que tem alvará renovado anualmente em Teresina, não é atualizada há mais de dez anos, segundo informou o diretor de Transportes Públicos da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), Ricardo Freitas. Ele informou ainda que a legislação que regulamenta esse serviço na cidade é do ano de 1985 e encontra-se desatualizada.
Para tentar resolver esses problemas, a Strans irá realização uma revisão em todo o processo de regulamentação desse serviço na capital. "Nós poderíamos fazer algo imediato e conceder mais 200 alvarás, mas sabemos que só isso não resolve o problema.
Então vamos fazer um estudo bem mais detalhado da oferta desse serviço e da legislação que o regulamenta para podermos descobrir os reais problemas e buscar as soluções", pontuou.