A Fundação Municipal de Saúde (FMS) informou que Teresina teve um total de 535 casos confirmados de hanseníase em 2011. O dado mostra que houve redução, já que em 2010 cerca de 700 casos foram registrados pela fundação. Ontem, a FMS participou, na Praça João Luiz Ferreira, no centro de Teresina, de uma ação educativa de prevenção à hanseníase, que contou com a parceria da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) e do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan).
Na ocasião, houve a distribuição de material informativo e aconselhamento sobre os sintomas e características da doença. O assessor técnico do programa municipal de controle da hanseníase, Francisco Formiga, afirmou que a ação educativa foi pensada em alusão ao Dia Mundial de Combate à Hanseníase, lembrado no último domingo de janeiro.
?Além disso, no próximo dia 26 todas as unidades de Saúde da Família estarão mobilizadas, com a demanda aberta para os casos de manchas e suspeitas de hanseníase, fazendo também o trabalho de educação e promoção da saúde?, disse o técnico.
O coordenador estadual do Morhan, Ruimar Batista, falou sobre o contexto de combate à hanseníase no
Piauí e no Brasil. ?É uma doença comum, que tem cura. No entanto, em pleno século XXI ainda temos pessoas que manifestam preconceito, e que desconhecem que, uma vez iniciado o tratamento, a doença não é contagiosa?, disse ele.
Para diagnosticar a hanseníase, o procedimento é simples, basta a análise clínica e somente em alguns
casos, é necessário uma análise laboratorial. O tratamento dura em média de 6 a 12 meses e, quando feito de maneira ininterrupta, leva cura do paciente. A Sesapi ainda não consolidou os dados de hanseníase de 2011 em todo o estado, mas a parcial é de 775 casos até agosto. No ano de 2010 a secretaria registrou um total de 1507 casos.