Na cidade de Las Parejas, na Argentina, notas de 100 dólares foram encontradas em um lixão. Há várias versões da origem desse tesouro escondido e do valor total que foi enterrado.
Fala-se de mais de 75.000 dólares encontrados até agora. O dinheiro apareceu quando um funcionário que trabalhava no local com uma escavadeira atingiu inesperadamente móveis onde as notas estavam escondidas.
Em Las Parejas, diz-se que o dinheiro deve ter pertencido a uma senhora que morreu recentemente, sem deixar filhos. Acredita-se na cidade que ela o escondeu no fundo falso de um armário, que foi para o lixo depois que os novos moradores da casa se desfizeram do móvel velho.
Federico Báez, um dos vizinhos que encontraram parte do dinheiro na semana passada, acha que ainda deve haver mais dinheiro enterrado.
"Um colega desceu do caminhão e viu uma nota de 100 dólares no chão, toda passada. Chamou nossa atenção porque estava impecável. Cada um começou a pegar uma parte. Era como um jogo para ver quem pegava mais notas. Tínhamos juntado 10.000 dólares entre nós seis. Então veio outro menino e encontrou 25.000, ele teve mais sorte. Acho que deve haver muito mais enterrado", disse Báez.
Nos últimos dias as autoridades fecharam o acesso ao lixão.
Na Argentina, sujeita à alta inflação há décadas, é comum as pessoas economizarem em dólares e os guardarem em dinheiro em suas próprias casas, devido à desconfiança que os bancos geram neles.
O prefeito da cidade, Horacio Compagnucci, se refere ao episódio como a "loucura verde".
"Estou convencido de que toda essa loucura verde ocorre porque o que se encontra são notas de dólar. Em um contexto em que o país não está bem economicamente, a palavra dólar está na boca de todos", disse Compagnucci.
Desde 2019, um controle cambial cada vez mais restritivo está em vigor na Argentina. Atualmente, o valor máximo autorizado para comprar moeda estrangeira, com fim de fazer uma reserva financeira, é de 200 dólares por mês.
A descoberta inusitada de Las Parejas também serviu para gerar memes, entre os quais o presidente Alberto Fernández e a vice-presidente Cristina Kirchner são vistos cavando o lixão.