A testemunha-chave do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, que envolveu o vereador Marcello Siciliano e um miliciano no caso, afirmou que dois policiais participaram das execuções. A dupla, segundo ela, estava, com outros dois homens no Cobalt prata usado para assassinar a vereadora.
Os quatro que estariam no carro foram identificados pela testemunha e vêm sendo investigados pela polícia. Além do PM e do ex-PM, os outros passageiros do veículo, segundo o delator, são ligados ao miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando de Curicica, que atua na Zona Oeste e que, de acordo com a testemunha, participou da trama para matar Marielle, junto com Siciliano.
Segundo O Globo, esses dois homens teriam se envolvido em outra execução com características semelhantes à de Marielle, também a mando de Orlando de Curicica, de acordo com o Ministério Público do Rio, em junho de 2015. Os nomes não foram revelados para não atrapalhar as investigações.
O policial militar mencionado pela testemunha-chave ainda está lotado no 16º BPM, unidade vizinha ao Complexo do Alemão. Já o ex-PM, que passou pelo 22º BPM (Maré), atualmente seria integrante de uma milícia que age na região de Ramos.