Minutos depois de alguma ocorrência ou crime de qualquer natureza nas escolas públicas do estado, se acionado, o aplicativo SOS Escolar poderá salvar vidas e diminuir os episódios de violência na rede da Secretaria de Estado da Educação (Seduc). O novo aplicativo começa a funcionar a partir de segunda-feira (27), inicialmente, nas escolas da zona Sul de Teresina.
NA sexta-feira (24), os diretores das 23 escolas que receberão primeiro o suporte tecnológico, sob responsabilidade da 19ª Gerência Regional de Educação (GRE), passaram por treinamento para manusear o aplicativo.
“A própria Companhia Independente de Policiamento Escolar (Cipe) foi quem escolheu a região sul, pois é a que apresenta um maior registro de ocorrências nas escolas. Nós estamos preparados, orientamos os diretores, que já estão recebendo os tablets para que tudo comece a funcionar na segunda-feira. Nós esperamos que a escola não precise do serviço, mas de qualquer forma vai estar apta a solicitar a polícia imediatamente”, explica o gerente de sistemas da Seduc, Francisco Saraiva.
Após a assinatura do termo de adesão, os gestores receberam os tablets com o sistema de software do aplicativo, que ficarão em um local estratégico nas escolas. O SOS Escolar vai funcionar dentro da plataforma do premiado nacionalmente Mobieduca.me, que já promove uma série de ações entre professores, alunos e pais, como monitoramento da frequência escolar, correção de provas e desempenho dos matriculados. A diferença é que o SOS Escolar serve como um botão do pânico e possibilita o contato direto com a central de monitoramento da do Mobieduca.me e da polícia militar em situações de ameaça, como assaltos e outros conflitos escolares. Com o alerta instantâneo por meio do tablet para a Polícia Militar e logo em seguida para o batalhão de polícia da região, inclusive, com o mapa de como chegar no local da ocorrência será possível atender a todos mais rápido. O principal objetivo é proteger a comunidade escolar e o patrimônio público e humano, assegurando assim o pleno funcionamento das unidades da rede pública estadual de ensino.
Uma boa notícia ao diretor Francisco Mário Lima, da Unidade Escolar Domício Magalhães, localizada no bairro Promorar, na zona sul de Teresina, que já foi roubada 7 vezes neste ano em um intervalo de 10 dias. Nem as ações do diretor, como, instalação de câmeras de segurança, janelas com grades, alteamento dos muros com concertinas, impediram a ação dos bandidos. “Com certeza o SOS Escolar vai nos auxiliar no combate à violência e nos socorrer muito mais rápido”, afirma o diretor.
“Na nossa central de monitoramento temos controle do que acontece em todas as escolas. Então, a partir do momento que a escola fizer uma solicitação acompanharemos direto da nossa Central e caso a escola tenha alguma dificuldade ou algum problema ela pode nos acionar”, explica o gerente de projetos do Mobieduca.me, Tony César.
O secretário Helder Jacobina está otimista e vê no futuro a possibilidade de ampliar o projeto para que seja mais um aliado na redução da criminalidade nas escolas e comunidades: “o SOS escolar é um projeto que visa ser uma ferramenta que vai facilitar a integração entre o sistema de segurança pública e a escola. Nossa intenção é dar uma resposta para sociedade. Diante dos resultados iniciais do uso do aplicativo, vamos poder expandir esse projeto a outras escolas”.