Rio Poti sobe e cota de inundação pode ser atingida ainda nesta terça

Ao todo, são acompanhadas 56 áreas de risco na capital. As medições do CPRM indicam ainda que, até o fim da tarde desta terça-feira, a cota do rio deve chegar a 10,48 m, portanto 48 cm acima da cota de inundação, que é 10,0 m.

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A Defesa Civil Municipal está acompanhando a elevação do nível das águas dos rios Poti e Parnaíba. Desde as primeiras horas desta terça-feira (17), as equipes da DCM estão em campo monitorando as áreas de risco, sobretudo a população ribeirinha. Algumas áreas já foram alagadas, como o Parque Encontro dos Rios, assim como algumas casas do bairro Poti Velho, na zona norte, e Terra Prometida, na zona sul de Teresina. Desde o início do mês de março a Defesa Civil já realizou mais de 40 atendimentos nas zonas urbana e rural da cidade.

“No Encontro dos Rios os donos dos quiosques estão retirando suas mercadorias para evitar prejuízos. No bairro Poti Velho as famílias moradoras de casas ameaçadas estão sendo retiradas e encaminhadas para o serviço de assistência social. As regiões dos bairros Primavera, Lagoinha e Parque Ferroviária, por enquanto, estão todas sob controle. Existe a previsão de que o nível do rio Poti se eleve ainda mais e por isso o nosso acompanhamento está sendo contínuo”, afirmou Deolindo Nascimento, coordenador da Defesa Civil Municipal.

Segundo o Serviço Geológico Brasileiro (CPRM), nas últimas 24 horas, o nível do rio Poti em Teresina apresentou uma elevação no valor de 3,65 m. No início da manhã desta terça-feira, a cota do rio era 9,86 m, portanto 86 cm acima da cota de alerta (9,00 m). As medições do CPRM indicam ainda que, até o fim da tarde desta terça-feira, a cota do rio deve chegar a 10,48 m, portanto 48 cm acima da cota de inundação, que é 10,0 m.

Divulgação

“Estamos com nossos olhos voltados para o atendimento às áreas de risco. Além da Defesa Civil, que monitora as famílias em risco e as encaminha para a assistência social, outros órgãos da Prefeitura de Teresina estão atuando, como as Superintendências de Desenvolvimento Urbano (SDU) e Superintendência de Desenvolvimento Rural (SDR). O importante é conter os danos e dar suporte a todos os atingidos”, afirmou o secretário municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas, Samuel Silveira.

Ao todo, são acompanhadas 56 áreas de risco na capital. As pessoas que são retiradas desses locais são encaminhadas para o Programa Cidade Solidária, que oferece auxílio financeiro às famílias que tiveram suas residências comprometidas por causa de desabamentos e alagamentos. 

Influenciam na elevação do nível do rio a chegada das águas da barragem de Boa Esperança e de outras águas vindas de barragens rompidas no Ceará. Na cidade de Prata, a régua estabilizou na noite de ontem em torno da cota 10, que é o nível considerado de inundação.

Lagoas do Norte

O Programa Lagoas do Norte também  acompanha a elevação das águas e vem adotando medidas para minimizar as inundações em áreas povoadas. A determinação do programa é para o fechamento das comportas na extensão dos rios Poti e Parnaíba e acionamento das bombas da Estação Elevatória da avenida Boa Esperança nos momentos de chuva.

Ascom/ PNL

“Acompanhamos diariamente junto a CPRM, que é o órgão que mede os níveis dos rios e organizamos o trabalho das equipes para o acionamento das bombas da Estação Elevatória, que bombeia as águas da Lagoa dos Oleiros para o rio Parnaíba, e também o fechamento das comportas nas margens do rio. Esse mecanismo impede a entrada da água do rio para a cidade”, explica Márcia Muniz, diretora geral do Programa Lagoas do Norte.

A tendência é que o período chuvoso se intensifique até abril. Por isso, o Programa Lagoas do Norte também faz o acompanhamento da situação estrutural dos imóveis situados em áreas de maior risco, especialmente nas margens de lagoas, e encaminha os dados para a SDU Centro/Norte e Defesa Civil.

Ascom/ PNL

Com informações da Semcaspi 

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