A Polícia Civil, juntamente com os agentes da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA), estão investigando dois casos de estupro de vulnerável ocorridos no último sábado, 22 de agosto, em Teresina.
O primeiro ocorreu em uma residência na zona Leste de Teresina, onde uma criança de 11 anos foi vítima de estupro pelo próprio tio. Já o segundo, uma outra menina de apenas 6 anos que estava com familiares em um sítio na zona Rural de Teresina durante uma festa, também foi abusada. Ela foi chamada pelo homem contratado pela família para ser o churrasqueiro, que mostrou sua genitália e tentou acariciá-la em suas partes íntimas. Ele foi preso em flagrante.
Em entrevista à TV Meio Norte, o padrasto da criança, identificada apenas pelas iniciais A.S, deu mais detalhes de como tudo ocorreu. “Lá nessa festa só se encontrava duas pessoas de fora da família, que era os que prestavam serviços para o sítio. Em um momento de distração, ele usou um aparelho de celular para chamar ela, dizendo que ia dar para ela; ela foi, saiu com ela para um local afastado e depois voltou bastante assustada e contando o que aconteceu”, revelou.
Segundo o padrasto da vítima, o acusado já foi solto após uma audiência de custódia. “A gente só quer justiça. Uma coisa dessas não pode ficar em pune”, disse. A menor está atualmente na residência de sua avó e já fazia tratamento com psicólogos após um trauma de assalto à mão armada. “Ela ainda tá bem assustada, pois já vinha se recuperando de um trauma e agora vai precisar de mais ajuda pois uma cena dessa ela não vai esquecer nunca mais”, finalizou o padastro.
De acordo com a Policia Civil em nota, não foi possível realizar o exame na vítima para constatar de fato a violência sexual por falta do profissional responável do Servico de Atendimento a Mulheres Vítimas de Violência Sexual (Samvvis), afastado após contrair Covid-19 e não teria sido substituído naquele momento. "A Delegacia Geral de Polícia Civil informa que não foi realizado o auto de prisão em flagrante em virtude da necessidade de maiores investigações que o caso requer, visto que nenhuma das testemunhas ouvidas, PMs e a mãe da criança, apresentadas na Central de Flagrantes de Teresina puderam confirmar a autoria do crime. A vítima também não conseguiu identificar o suposto autor. As investigações prosseguem a cargo da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente-DPCA. ", diz trecho da nota.