Um grupo de ex-funcionários fechou, na manhã desta quinta-feira (3), os portões que dão acesso ao alojamento da construtora TCE Engenharia, na Avenida dos Expedicionários, zona Leste de Teresina. Os trabalhadores colocaram pneus e troncos de árvores na entrada. A empresa é reponsável pelas obras do viaduto do Mercado do Peixe.
A manifestação, de acordo com o representante dos trabalhadores, Ronaldo Pereira, ocorre após várias tentativas de diálogo com a construtora sobre a condição da quitação de valores das parcelas de rescisão de contrato de trabalho e atraso no pagamento da multa de 40% do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
A empresa, que também já esteve à frente da construção da Ponte Ufpi, na zona Norte de Teresina, havia firmado um acordo para quitação das parcelas de rescisão pendentes com alguns funcionários que foram demitidos. O contrato dos trabalhadores aponta a divisão de seis meses no valor total do pagamento.
Porém, a empresa TCE Engenharia não está cumprindo as datas das transferências e os valores aparecem em números inferiores na conta do trabalhador. Segundo Ronaldo Pereira, pelo menos 140 ex-funcionários estão enfrentando as mesmas dificuldades no recebimento dos seus direitos.
“Estamos aqui para receber nosso FGTS. A gente vem pra cá desde a semana passada, passamos o dia todo e eles não resolvem nada. A rescisão está sendo parcelada e com valores atrasados. Chegamos aqui com fome, passamos a manhã e tarde em busca de respostas”, falou Luiz Costa, ex-colaborador das obras da Ponte UFPI, obra que teve menos de 20% dos serviços executados pela TCE.
Ronaldo Pereira cobra o pagamento de rescisão contratual. “Saimos em setembro da obra do Mercado do Peixe, fizemos várias manifestações e até agora não temos respostas sobre, só marcando data. A gente chega nessa data e o valor não cai na nossa conta”, disse Ronaldo. Alguns trabalhadores que preferiram não se identificar relataram que atraso nos pagamentos está impossibilitando a administração das contas em casa e das pensões alimentícias dos filhos.
O Jornal Meio Norte teve acesso ao setor administrativo da empresa, que recusou falar sobre o assunto. Um dos funcionários forneceu o número da matriz Triunfo TCE, sediada em Curitiba. O número em questão também recusou falar com a equipe de reportagem.