De posse dos dados do plenário do Tribunal de Justiça do Piauí, (TJ-PI) o presidente da Associação dos Magistrados Piauienses, José Airton Medeiros, tem contestado as declarações do corregedor Francisco Paes Landim sobre o número de juízes processados por corrupção no Estado.
Para José Airton, embasado nos dados do Pleno do TJ-PI, não existem 30 juízes sendo processados no Tribunal de Justiça do Piauí, muito menos por corrupção.
Conforme informações da Secretaria do Tribunal Pleno do TJ-PI, atualmente, existem 12 processos instaurados contra dez juízes do Piauí. Desses dez juízes, quatro ainda estão em atividade. ?Não há processos contra magistrados antes da decisão do Pleno do TJ-PI?, esclarece José Airton.
Para Medeiros, esse tipo de acusação distorce a realidade e prejudica a imagem do Poder Judiciário. ?A sociedade piauiense precisa ser corretamente informada sobre esses dados, pois os seus juízes são cumpridores dos seus deveres. Se há registros de desvio de condutas não é no alarmante número de 30, fato que serve apenas, e tão somente, para desprestigiar ainda mais os juízes perante a sociedade e causa um prejuízo irreparável, especialmente porque este dado é inverídico?, diz José Airton Medeiros.
O presidente da Amapi diz, ainda, que os casos de denúncia sobre desvio de conduta de magistrados têm sido apurados pelo Tribunal de Justiça e, quando o plenário entende que há provas suficientes, tem aplicado a penalidade cabível ao juiz.
?Não há qualquer justificativa para alarmar que um percentual significativo de magistrados são acusados de corrupção, especialmente utilizando números inverídicos. A magistratura piauiense precisa ser respeitada e valorizada, inclusive pelo seu próprio Tribunal, já que praticamente a totalidade de seus magistrados é cumpridora de suas obrigações e trabalha com sobrecarga de trabalho e em condições inadequadas?, finaliza o presidente da Amapi.