A torcedora Patrícia Moreira, acusada de ter xingado o goleiro Aranha de macaco durante partida entre Grêmio e Santos, fará um curso de educação racial e formação social no mês de setembro. A informação foi divulgada pela CUFA RS nesta última quinta-feira (18).
De acordo com a nota que consta no site da entidade, Patrícia terá acesso a bibliografia de autores como Oliveira Silveira, Abdias do Nascimento, Elisa Lucinda, Nelson Mandela, Martin Luther King e Malcom X, além de publicações nacionais da CUFA, entre eles: Cabeça de Porco de Celso Athayde e MV Bill.
De acordo com a CUFA, a iniciativa surgiu para orientar Patrícia socialmente e racialmente sobre os problemas e efeitos colaterais de atitudes racistas em nossa sociedade. “Mesmo envolvida em um ato racista durante uma partida de futebol, teve sua residência queimada, familiares espancados e diversas ameaças de morte. Parte desse ônus, estava recaindo sobre a comunidade negra e periferia gaúcha”, aponta a entidade.
A CUFA RS também acredita que Patrícia Moreira, também é consequência de anos de descaso com a história e cultura negra. “O não cumprimento da Lei 10.639 faz com que muitos jovens como Patrícia não conheçam o valor da pele negra e sintam-se a vontade em proferir palavras racistas”, diz.
O Santos voltou a enfrentar o Grêmio nesta quinta-feira (18) e a torcida da equipe gaúcha hostilizou novamente o goleiro da equipe paulista. Patrícia não esteve no estádio Arena do Grêmio para acompanhar a partida, válida pelo Campeonato Brasileiro.