Vários estados do Brasil se mobilizaram na manhã da sexta-feira (14) para a Greve Geral nos principais pontos das cidades para manifestar a insatisfação com a Reforma da Previdência e demais medidas do governo. Diversas categorias de trabalhadores paralisaram suas atividades juntamente com centrais sindicais, partidos políticos e estudantes. Em Teresina, manifestantes se concentraram no Centro, próximo ao prédio do INSS, onde protestaram contra a Reforma da Previdência, o bloqueio de recursos para a educação e medidas econômicas do atual governo (PSL).
Na capital, por volta das 9h30, um grupo iniciou caminhada com cartazes, bandeiras e carros de som pelas ruas do Centro com uma parada em frente ao prédio da Prefeitura de Teresina. Em seguida, o grupo seguiu pela avenida Maranhão, paralisando o trânsito e gritando palavras de ordem.
Manifestantes fazem ato no Centro. Foto: Ananda Soares.
Segundo o representante da federação dos Correios-PI, José Rodrigues, a greve geral significa defender o patrimônio do povo brasileiro "O governo pretende vender as empresas públicas estatais, entre elas, os Correios e nós entendemos que os Correios é um patrimônio da nação brasileira, faz a integração nacional e realiza as principais políticas públicas como a distribuição do livro didático e as provas do Enem", relata.
Estudantes e movimentos sociais também expressaram revolta com o posicionamento dos dirigentes do governo. "Esse ato significa o posicionamento da classe trabalhadora contra esse governo que não representa os nossos anseios. Estamos hoje na rua manifestando todos os retrocessos e os cortes dos gastos do presidente, defendemos também a classe trabalhadora que não pode ter seus direitos retirados", falou a estudante de Letras da UFPI, Teônia Mikaela.
As entidades representativas de educação também marcaram presença. Cássio Borges, vice-presidente do nordeste da Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG), que representa pós-graduandos brasileiros, estudantes de mestrado, doutorado e outros programas, falou “Nós estamos preocupados com a Reforma da Previdência. Quando a gente termina o ciclo de formação, até o pós-dourado, a pessoa mesmo muito jovem, ela só vai terminar com, no mínimo, 30 anos. Então, a perspectiva de aposentadoria dela só é com mais de 80 anos de idade, o que é praticamente inviável para quem se dedica tanto para construir conhecimento científico para modificar o futuro do nosso país”, explica.