As Centrais Sindicais CUT, Sindserm, Sinte, Sinsepi, Sindcom e inúmeros sindicatos filiados realizaram, na manhã desta sexta-feira (22), na Praça Rio Branco, Centro de Teresina a uma mobilização nacional em Defesa da Previdência e Contra o Fim da Aposentadoria. Este é mais um grande ato unitário de 2019 que faz parte do resistência dos trabalhadores contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/2019, da reforma da Previdência de Jair Bolsonaro (PSL), que deve está tramitando no Congresso Nacional. O ato reúne centenas de trabalhadores. O trãnsito com destino a praça da Bandeira está interditado.
Além da assembleia em Teresina, também acontecem atos em várias cidades pelo Brasil. Na opinião do presidente da CUT-PI, Paulo Oliveira, este é mais um passo na jornada nacional de luta contra a reforma da Previdência. "O nosso objetivo aqui é fazer com que a população conheça o projeto de reforma da previdência. É preciso que todos entendam que esse projeto causará danos irreparáveis para a questão das aposentadorias, não podemos permitir que o tempo de contribuição aumente e o valor das aposentadorias se reduza. Este é um momento de união que todos precisam enfrentar juntos", fala Paulo Oliveira.
Ele destaca ainda que a população deve se preocupar ainda mais neste momento, uma vez que a proposta de Reforma do atual governo se mostra, na visão dos movimentos, mais agressiva do que a porposta anterior, organizada inicialmente no governo do ex-presidente Michel Temer.
Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm), Sinésio Soares, as mudanças pretendidas se caracterizam como "prejudiciais" e afetam de forma cruel os trabalhadores mais pobres.
Joaquim Monteiro presidente de comunicação de Sindserm diz que a proposta se caracteriza mais como uma contrareforma, uma vez que as medidas dentro desse projeto destroem a previdência e a aposentadoria da classe trabalhadora. "Eles vão obrigar todos os trabalhadores a fazerem uma espécie de poupança, que so vai beneficiar os banqueiros. Amanhã quando você for se aposentar o trabalhador terá que se contentar em receber menos de um salário mínimo, e isso não podemos permitir".
Ajuri Dias, Vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários apontou que existem alguns pontos da reforma que são aceitos, mas são muito poucos quando comparados a quantidade de efeitos negativos que a reforma pode trazer para a classe trabalhadora. " Seria melhor se a reforma removesse vários privilégios que ela apresenta apena para o setor do estado, e que acabam dificultando a vida do trabalhador", aponta Ajuri Dias.
A Professora Haêde Gomes também fez parte da mobilização contra a reforma da previdência e apontou que a reforma vai prejudicar ainda mais as professoras, visto que a classe já possui uma tripla jornada de trabalho. "Enquanto professoras nós somos um grupo que conscientiza a população, então é importante nossa presença aqui neste ato mostrando que essa reforma afeta negativamente todos os trabalhadores. Nós ja temos uma jornada difícil, cuidando da profissão e da família, pensar que teremos que passar por mais tempo nessas atividades que hooje acumulam um cansaço em vários ambitos, chega a ser desumano", diz a professora.
Por volta das 10 horas da manhã os trabalhadores saíram em passeata pelas ruas do centro da cidade.
O que a reforma propõe
Idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e de 62 anos para mulheres, com período de transição de 12 anos.