A 4? edi??o da Feira Piauiense de Produtores da Reforma Agr?ria e Comunidades Quilombolas (Ferapi), encerrada sexta-feira, 28, permitiu a troca de experi?ncias entre trabalhadores de diversas regi?es e a divulga??o dos produtos produzidos nas comunidades.
Quem esteve presente ? feira foi Ant?nio Borges Barreto, o "Sinhorzinho", da comunidade Santar?m da Bahia, no munic?pio de Casa Nova Bahia, que transmitiu seus conhecimentos aos presentes.
Sinhorzinho contou um pouco de sua hist?ria na comunidade, falou sobre a cria??o da Associa??o dos Pequenos Produtores da Fazenda Santar?m, nos anos 80, e como a organiza??o dos trabalhadores trouxe resultado positivo para a comunidade.
No Piau?, ele tamb?m auxiliou no Projeto Nossa Cabra, na cidade de Novo Oriente do Piau?, que abrange as comunidades P?-de-Serra, Inhuma, Fundo da Ro?a, Brejinho, Primavera e Canto Velho e tem como objetivo contribuir para melhorar o n?vel de organiza??o social e econ?mica, sensibilizar as comunidades sobre a import?ncia da caprinocultura para amplia??o de renda das fam?lias e maior integra??o e articula??o entre as comunidades.
O projeto Nossa Cabra, que recebe neste s?bado, 29, a visita de Sinhorzinho de Santar?m junto com a equipe do Programa Permanente de Conviv?ncia com o Semi-?rido, trabalha com caprinocultura.
Sinhorzinho tem uma hist?ria de luta na fazenda Santar?m e revela que no in?cio dos anos 80, quando come?ou a organizar a associa??o dos trabalhadores rurais, ningu?m acreditava. Mas os trabalhadores, com auto-estima e vontade de vencer, venceram obst?culos e hoje trabalham com umbu, goiaba e manga com a produ??o de doces, gel?ia e polpa. A comunidade ainda cultiva a banana, produz bolo de puba, cambraia, ovos de galinha caipira, macacheira, melancia, pa?oca de gergelim, caprinocultura, apicultura e feij?o. Ele diz ainda que est? nos planos da comunidade de Santar?m a produ??o de feij?o verde, tomate e piment?o.
Fazendo o que mais gosta, Sinhorzinho descobriu como conviver no sert?o com qualidade de vida e descobriu v?rias formas de ampliar a renda das fam?lias. Al?m da produ??o de doces, gel?ias e polpa, a carne de caprino passou a ser trabalhada de modo a ter maior valor agregado no mercado. A comunidade aprendeu a fazer permil defumado, ling?i?a, pastel e espetinho de caprino. Foi a diversidade de produto que ampliou o mercado.
A comunidade, segundo Zinhorzinho de Santar?m, ? empolgada, elabora os pr?prios projetos, compra os pr?prios equipamentos e assim vai conquistando sucesso, garantindo sustentabilidade no campo. "O trabalhador precisa ter auto-estima, gostar e acreditar no que faz", ensina.