Transexual que destruiu carro de comerciante alega homofobia

“Me senti um lixo”, disse ela em um post da rede social

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A transexual Kerollayne Rodrigues, de 27 anos, que foi flagrada em um vídeo destruindo um carro, alega que foi vítima de homofobia ao ser agredida pelo dono do automóvel, um comerciante de 28 anos, em Santos, no litoral de São Paulo. Sete pessoas foram detidas, mas acabaram sendo liberadas horas depois.

Cinco menores de idade, três travestis e duas adolescentes, ajudaram a destruir e atear fogo ao veículo, que ficou completamente destruído: ”Entendemos que houve um desentendimento entre o motorista do veículo e a Kerollayne. Ele deu uma cabeçada nela na porta de um bar, e tudo começou a partir daí. Por isso, os dois, que são maiores de idade, foram enquadrados como vítimas e autores dos atos", informou a delegada Rita de Cassia Garcia Mendez. 

Para Kerollayne, entretanto, ela e as amigas foram vítimas de homofobia. "Eu me senti um lixo com tudo isso. Nós estávamos no bar, nos divertindo, pois tínhamos trabalhado à noite. Ele saiu do bar, começou a me xingar de 'traveco' e me deu uma cabeçada. Eu não tenho sangue de barata, então fiz o que fiz", contou.

Ela não se arrepende da atitude que tomou, e chegou a postar um desabafo em uma rede social. "Você reconheceu que era eu em cima do carro, né? Foi do babado. Eu subi ali pensando em destruir tudo mesmo. Nunca tinha passado por isso. Minhas amigas botaram fogo depois. Ninguém ali queria fazer programa com ele, não. Foi homofobia o que ele fez", alegou.

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