TRE cassa mandato de senadora do PSL do Mato Grosso

A alegação é a de que ela incorreu em crime de abuso de poder econômico e caixa dois

O presidente Jair Bolsonaro recebe a senadora Selma Arruda no Planalto | Marcos Corrêa/PR
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O Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso cassou, por unanimidade, o mandato da senadora Selma Arruda (PSL-MT), nesta quarta-feira (10). A alegação é a de que ela incorreu em crime de abuso de poder econômico e caixa dois. Cabe recurso.

Segundo advogados que acompanham o caso, o voto do relator foi pesadíssimo e seguido pelos demais juízes. O suplente da senadora teria pagado com cheques uma série de despesas na campanha que não foram declaradas à Justiça Eleitoral, o que foi visto como forte indício de crime de caixa dois. 

Pouco antes de receber o veredito da Justiça Eleitoral, a senadora votou na Comissão de Constitução e Justiça pela instalação da chamada CPI da Lava Toga. Selma Arruda é juíza aposentada e ficou conhecida em seu estado como “Moro de saias” pela atuação mão pesada na penalização de autoridades e servidores públicos acusados de crimes. 

Além da cassação do mandato, o TRE condenou Selma e seu suplente a oito anos de inelegibilidade. O TRE recomendou ainda a realização de novas eleições. Até que o pleito seja realizado, a maioria dos magistrados entendeu que o Mato Grosso deve ter apenas dois representantes no Senado. Tudo isso também será discutido na instância superior, o TSE. 

Em nota, a senadora disse que vai recorrer. “A tranquilidade que tenho é com a consciência dos meus atos, a retidão que tive em toda a minha vida e que não seria diferente na minha campanha e trajetória política. Respeito a Justiça e, exatamente por esse motivo, vou recorrer às instâncias superiores.”

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