O trecho das obras da Ferrovia Transnordestina que compreende o estado do Piauí está em pleno andamento, já podendo as empreiteiras contratadas montar até um quilômetro de trilhos por dia. As pendências existentes são de naturezas fundiárias, que correspondem às desapropriações de pequenas propriedades.
O secretário dos Transporte do Piauí, Guilhermano Pires, afirma que graças ao trabalho coordenado do Ministério do Planejamento, Dnit, Procuradoria Geral da União (PGE) e a Secretaria dos Transportes do Piauí (Setrans), as pendências existentes devem ser equacionadas em breve espaço de tempo, permitindo que o Piauí seja o primeiro Estado contemplado entre os outros estados com a ferrovia até a conclusão de suas obras.
Ele acrescentou ainda que "a empresa responsável pela obra é a Transnordestina S/A, o Estado entra somente com as desapropriações e indenizações. Ou seja, é uma obra privada".
A ferrovia começou a ser construída em junho de 2006, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e deveria ter ficado pronta quatro anos depois, ao final do mandato.
Em setembro de 2013, a obra parou devido a uma rescisão de contrato entre a concessionária Transnordestina Logística S/A (TLSA) e a construtora Odebrecht. Somente em março do ano passado, uma nova empresa assumiu e as obras foram retomadas.
Segundo o Ministério dos Transportes, até janeiro de 2014, apenas 42% dos trabalhos de infraestrutura e 35% das obras de arte especiais (pontes e viadutos) nos 420 quilômetros da linha entre as cidades de Eliseu Martins (PI) e Trindade (PE) haviam sido executados.
De acordo com o Governo Federal, o projeto prevê 2.304 quilômetros de ferrovia, beneficiando 81 municípios, sendo 19 no Piauí, 28 no Ceará e 34 em Pernambuco.