Nesta época do ano é comum aparecerem doenças oportunistas, próprias do período mais quente, conhecido por B-R-O-BRÓ, em Teresina, como: insolação,conjuntivite, micoses, dengue, desidratação e intoxicação e a síndrome do olho seco, que é o ressecamento dos olhos. Esta última doença, muito comum no verão devido à baixa umidade, consiste na deficiência do filme lacrimal ou lágrima.
A doença costuma atingir cerca de 15% a 20% de pessoas que procuram o consultório oftalmológico. A oftalmologista e especialista em plástica ocular, Patrícia Gomes Martins de Sousa, explica que pelo fato de a temperatura aumentar e a umidade baixar, a incidência de pacientes com o problema, tem aumento considerável, em seu consultório.
A médica costuma indicar o uso de umidificadores ou mesmo medidas simples, como o uso de toalhas molhadas no ambiente em que se quer melhorar a umidade do ar. “De um mês para cá, tem aumentado consideravelmente, o número de pessoas que procuram o consultório médico com a síndrome do olho seco. No meu consultório chego a receber aproximadamente três de cada dez pacientes, com a doença”, diz a médica.
Patrícia Gomes acrescenta que a incidência de pessoas com o problema é ainda maior entre as mulheres devido o componente hormonal, que contribui para o agravamento do problema. A oftalmologista orienta os pacientes a usarem óculos escuro se assim o preferirem, durante o dia, evitar ventilação forte como de arcondicionado e ventiladores, incidindo diretamente nos olhos.
“A síndrome do olho seco é uma doença ocular relacionada à diminuição ou ausência da lubrificação ocular. As causas podem ser do próprio olho, que são as doenças reumatológicas, cicatriciais e distúrbios inflamatórios da pálpebra; e outra fatores externos, causados pela baixa umidade, por conta de uso de lentes de contato, uso de ar condicionado, diminuição da frequência do piscar e também devido ao uso de aparelhos eletrônicos”, enumera.