Um tribunal de apelações americano rejeitou, na madrugada deste domingo (5/2), o pedido do governo Trump de restaurar imediatamente o decreto anti-imigração do presidente dos Estados Unidos, bloqueado por uma corte federal.
O Departamento de Justiça recorreu na noite deste sábado, ante a Corte de Apelações do Nono Circuito, da decisão de um juiz federal de bloquear a aplicação do decreto assinado há oito dias por Trump.
Após a decisão do tribunal de apelações, mantém-se suspensa a aplicação do decreto anti-imigração, que proibia a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen.
Na decisão judicial, é solicitado aos estados de Washington e Minnesota, que entraram com a queixa contra o decreto de Trump, que forneçam documentação detalhando sua oposição ao recurso governamental antes das 23H59 locais (07H59 GMT de segunda-feira).
"Como um juiz suspendeu a proibição, muita gente má e perigosa pode entrar em nosso país. Uma decisão terrível", tuitou pouco antes o presidente americano. "As pessoas más estão muito felizes!", insistiu.
O juiz federal de Seattle (estado de Washington) James Robart emitiu na noite da última sexta-feira uma ordem temporária válida em todo o território americano que se traduziu, ontem, em uma suspensão, ao menos temporária, das restrições impostas pelo decreto de Trump.
O Departamento de Segurança Interna explicou à AFP que, "segundo a decisão do juiz", haviam sido "suspensas todas as ações para aplicar" o decreto.
"A opinião desse suposto juiz, que, essencialmente, leva a aplicação da lei para longe do nosso país, é ridícula e será revertida", publicou Trump no Twitter na manhã de ontem.