Trote racista na UFMG gera expulsão de aluno envolvido e suspensão de outros três

Trote racista na UFMG gera expulsão de aluno envolvido e suspensão de outros três

Esse tipo de trote, considerado uma agressão psicológica e moral aos estudantes, é proibido por resolução da UFMG. | Reprodução
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Um trote racista na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) provocou a expulsão de um dos alunos responsáveis e a suspensão de outros três por um semestre.

O Conselho Universitário da UFMG decidiu na semana passada pela punição dos quatro envolvidos no ato na Faculdade de Direito em março do ano passado.

Esse tipo de trote, considerado uma agressão psicológica e moral aos estudantes, é proibido por resolução da UFMG.

Um processo disciplinar foi aberto pelo conselho após duas fotos do trote circularem pelas redes sociais. Em uma delas, uma caloura está pintada de preto, aparece acorrentada por um dos rapazes e segura o cartaz "Caloura Chica da Silva".

Na outra imagem, um estudante é amarrado em uma pilastra, e os veteranos parecem fazer a saudação nazista:



"Atos como esse não podem ser tolerados", condenou o reitor da UFMG, Jaime Ramírez. "O trabalho da comissão e a decisão do Conselho Universitário vão ao encontro de medidas adotadas recentemente, como a resolução que proíbe trotes estudantis e a instalação de comissões para analisar questões como os direitos humanos e o combate à discriminação", justificou a decisão.

De acordo com o parecer do conselho, as fotos são "repulsivas" e retratam "situações simbólicas de discriminação histórica".

O estudante expulso é Gabriel de Vasconcelos Spínola Batista. Os três suspensos são: Giordano Caetano da Silva, Gabriel Augusto Moreira Martins e Gabriel Mendes Fajardo.

A comissão responsável pela avaliação do caso e punição dos quatro veteranos está trabalhando desde outubro do ano passado.

"[As decisões] são coerentes com os esforços empreendidos pela UFMG para criar cada vez mais um ambiente inclusivo e de respeito à diversidade e à diferença", defendeu o reitor.

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