Autoridades turcas estão tentando identificar o menino suspeita de ser autor do ataque suicida que matou cerca de 54 pessoas durante um casamento, em Gaziantep, Turquia.
O ato foi atribuído ao grupo Estado Islâmico, e as autoridades estão tentando juntar as peças do atentado.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que o autor do ataque de Gaziantep, perto da fronteira com a Síria, tinha entre "12 e 14 anos" e que os resultados preliminares da investigação mostram que foi lançado pelo grupo Estado Islâmico (EI).
A informação dada nesta segunda-feira (22) pelo ministro das Relações Exteriores, Mevlüt Cavusoglu, afirmou que o Estado Islâmico deve desaparecer completamente da fronteira da Síria com a Turquia. ."Nossa fronteira deve ser completamente limpa do Daesh (acrônimo em árabe do EI)", disse Cavusoglu à imprensa. "Temos o direito natural de combater esta organização terrorista em nosso território e no exterior", acrescentou o ministro turco.
O número de mortos do atentado subiu para 54 de vítimas fatais após três pessoas que estavam em estado grave morrerem no inídio desta segunda-feira.
Segundo informações de meios de comunições locais a maioria dos mortos são menores de 18 anos, com uma proporção de 19 sobre as 44 vítimas fatais identificadas até o momento.
Um total de 66 pessoas continuam hospitalizadas e desta 14 em estado grave. Não havia mais detalhes sobre a identidade do suposto autor, mas Erdogan disse que está tentando viajar a Gaziantep, apenas 600 quilômetros ao norte da fronteira com a Síria, uma zona onde muitos deslocados do conflito estão refugiados. O jornal Hurriyet disse que estão sendo realizados testes de DNA para esclarecer a identidade, a nacionalidade e o sexo do autor do ataque.
Existe a possibilidade de que o autor tenha cruzado a fronteira a partir da Síria, mas o grupo EI tem células dentro da Turquia em Gaziantep e inclusive em Istambul, afirmou o colunista Abdulkadir Selvi, um jornalista com um grande número de fontes. Selvi indicou que as forças de ordem acreditam que o ataque foi planejado como uma vingança contra os curdos pelas ofensivas realizadas pelas milícias curdas e pelas forças da oposição síria favorável ao governo de Ancara. "Há uma luta contra o EI, mas ela tem um preço", escreveu.
Segundo o jornal Yeni Safak, uma mulher identificada como Emine Ayhan perdeu quatro de seus cinco filhos no ataque e seu marido foi ferido e está em cuidados intensivos.