A União Europeia anunciou neste domingo o fechamento do espaço aéreo para todos aviões russos, inclusive jatos privados. Também vai banir na União Europeia a mídia do Kremlin e impor instrumentos para banir a desinformação na Europa. "Sputinik e seus subsidiários não vão mais conseguir justificar a guerra de Putin", disse Ursula Von Der Leyen, presidente da Comissão Europeia. Também terá como alvo o regime do presidente de Belarus, que também participou do ataque contra a Ucrânia. "Vamos atingir setores fundamentais: aço, ferro, fumo, todas essas exportações".
A UE também vai estender a Belarus todas as sanções impostas à Rússia. Bancos importantes da Rússia serão banidos do sistema Swift. O Banco Central russo terá suas transações paralisadas. Os bens dos oligarcas russos serão congelados.
Prefeito de Kiev diz que a cidade está cercada: "Estamos à beira de uma catástrofe humanitária"
Vitali Klitschko, prefeito de Kiev e ex-campeão mundial de boxe dos pesos pesados, descreveu a capital da Ucrânia como “cercada” e disse que uma evacuação de civis não seria possível “porque todos os caminhos estão bloqueados”. “Estamos à beira de uma catástrofe humanitária”, disse ele à Associated Press no domingo, enquanto o toque de recolher continua na cidade, que ele disse permitir que as autoridades caçassem “sabotadores” nas ruas. “Neste momento, temos eletricidade, agora temos água e aquecimento em nossas casas. Mas a infraestrutura está destruída para entregar os alimentos e medicamentos", afirmou.
Ucrânia diz que matou ou feriu 4,3 mil soldados; Rússia diz que perdas da Ucrânia foram maiores
No quarto dia seguido de conflito, o Ministério da Defesa da Ucrânia afirma que 4,3 mil soldados russos teriam sido mortos ou feridos. A Rússia diz que soldados russos foram mortos e feridos, mas as perdas são muito menores do que as sofridas pela Ucrânia. As forças ucranianas dizem que derrubaram 46 aviões de guerra, 26 helicópteros, 146 tanques, mais de 700 veículos blindados e 49 canhões.
Mera ideia de um conflito nuclear é 'inconcebível', diz porta-voz da ONU
A ideia de uma guerra nuclear na Europa é "inconcebível", disse à AFP o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, neste domingo (27), depois que o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que havia colocado em alerta sua força de dissuasão nuclear.
"A mera ideia de um conflito nuclear é simplesmente inconcebível", declarou o porta-voz, ao ser questionado sobre uma reação do secretário-geral da ONU, António Guterres, às declarações do presidente russo.
"É por isso que a mensagem para todos é: apoiem a Ucrânia juntos... Somos fortes", disse ele. “Todo ucraniano tem orgulho de ser independente, orgulho de ser ucraniano e temos orgulho de ter nosso próprio país.”
Protestos contra guerra ocorrem na Rússia; 2 mil pessoas são presas
A polícia deteve mais de 2.000 pessoas em protestos contra a guerra realizados em 48 cidades da Rússia neste domingo, disse um grupo de monitoramento de manifestações, em uma demonstração do descontentamento da população russa sobre a invasão da Ucrânia. Mais de 5.500 pessoas foram presas em vários protestos contra a guerra desde que a invasão começou na quinta-feira, de acordo com o grupo OVD-Info, que há anos documenta a repressão à oposição russa.
Ucrânia aceita negociar com Rússia e diz que encontro será realizado na segunda
O governo da Ucrânia informou hoje que concordou em ir até a fronteira do país com Belarus para negociar um possível cessar-fogo com a Rússia. Segundo o vice-ministro do interior da Ucrânia, Eygeny Yenin, o encontro será realizado na manhã desta segunda-feira, no horário local, madruga no Brasil.
No início da tarde de domingo (27), um assessor do ministro do Interior da Ucrânia disse que as negociações já tinham começado. O primeiro-ministro Naftali Bennett se ofereceu para intermediar um fim das hostilidades da Rússia em território ucraniano em uma conversa com o presidente Vladimir Putin.
A Ucrânia pediu a intermediação de Israel durante meses. Os israelenses têm boas relações com os dois países em conflito. Os Estados Unidos foram informados da oferta de Israel para intermediação. Bennett também alertou os ucranianos que iria ligar para Putin antes de fazer a chamada.
O presidente Ucrânia disse neste domingo que conversou com o presidente de Belarus, que garantiu a ele que não enviaria tropas de Belarus para a Ucrânia. A partir dessa conversa, que o presidente ucraniano considerou produtiva, foi acertado o encontro para negociações entre Rússia e Ucrânia.
A União Europeia anunciou o fechamento do espaço aéreo para todos aviões russos, inclusive jatos privados. Também vai banir na União Europeia a mídia do Kremlin e impor instrumentos para banir a desinformação na Europa. "Sputinik e seus subsidiários não vão mais conseguir justificar a guerra de Putin", disse Ursula Von Der Leyen, presidente da Comissão Europeia.
União Europeia vai fornecer armas para a Ucrânia
Josep Borrell, representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança disse neste domingo que haverá uma nova reunião de ministros de relações exteriores em que ele vai propor medidas de emergência para financiar material para o exército ucraniano, suprimentos médicos e de proteção. "O tabu caiu. O tabu de que a UE não forneceria armas em uma guerra. Sim, nós estamos fazendo isso, porque essa guerra precisa do nosso engajamento para apoiar o exército ucraniano. Vivemos tempos sem precedentes. Estamos enfrentando a peste na guerra", disse.
Ataque cibernético da Rússia atinge embaixada da Ucrânia no Brasil
O encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, afirmou neste domingo (27) que os canais oficiais da embaixada ucraniana no Brasil foram bloqueados por “ataques cibernéticos massivos”.
Ele orientou que os interessados em oferecer ajuda humanitária ao país devem procurar contato com a embaixada por meio das redes sociais.
“Pedimos a todos que entrem em contato conosco, quem tem essa possibilidade, através de nossas redes sociais. Nossos sites e correios eletrônicos oficiais não estão funcionando por causa dos ataques cibernéticos”, afirmou.
Vladimir Putin põe equipes de armas nucleares em “alerta grave”
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, deu ordem para que o comando militar de seu país coloque as armas nucleares de represália em posição de alerta grave, depois de ouvir declarações que considerou agressivas de representantes dos países que fazem parte da Otan.
“Como vocês podem ver, países do Ocidente não só tomam medidas não amistosas contra nós na dimensão econômica —eu me refiro às sanções que todos conhecem bem e também aos principais dirigentes que lideram a Otan que se permitem fazer declarações agressivas em relação ao nosso país”, ele afirmou na TV estatal.
"Dessa forma, comando ao ministro da Defesa para que as forças de deterrência do país estejam de prontidão", disse.
Deterrência é o ato de impedir um ataque provocando um dano ao agressor —essa é uma referência a unidades militares que incluem armas nucleares.
A informação é da agência Reuters.
Governo dos EUA reagem à ordem de Putin para colocar armas nucleares em alerta
O governo dos Estados Unidos afirmou que a justificativa do presidente da Rússia, Vladimir Putin, para colocar as armas nucleares de seu país em estado de alerta grave obedece a um padrão de ameaças que não existem.
A Rússia nunca esteve sob ameaça da Otan, disse a Casa Branca.
Presidente da Ucrânia diz que delegação do país vai encontrar os russos sem pré-condições
O presidente Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, afirmou que vai enviar uma delegação para negociar com os russos sem pré-condições.
A agência de notícias RT, ligada ao governo russo, havia noticiado que os ucranianos haviam aceitado negociar e que os diálogos ocorreriam na cidade de Gomel, na Belarus.
Mais cedo neste domingo a Rússia afirmou que enviou uma comitiva a Gomel para negociar, mas os ucranianos se recusaram, pois a Belarus não é um território neutro —tropas russas partiram da Belarus para invadir a Ucrânia.
No entanto, depois disso o líder da Belarus, Alexander Lukashenko, conversou com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e esse teria sido convencido a mandar representantes para falar com os russos.