UFPI distribui cartilhas sobre coronavírus na língua dos índios Warao

Os imigrantes indígenas da etnia Warao chegaram a Teresina no dia 13 de maio de 2019 e estão refugiados devido à crise econômica e política na Venezuela.

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Informações são sempre necessárias e prestam um papel fundamental no combate à Covid-19. Em resposta a uma solicitação feita pela Secretaria de Ação Social do Governo do Estado do Piauí, que manifestou preocupação diante da vulnerabilidade dos indígenas da etnia Warao em Teresina, professores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) elaboraram cartilhas sobre o coronavírus em português, espanhol e na língua Warao.

Atualmente, Teresina acolhe 174 venezuelanos divididos entre os abrigos do Buenos Aires, Piratinga e no antigo prédio do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (EMATER).

FOTO: Divulgação

Carmen Lúcia Silva Lima, antropóloga e professora do Departamento de Ciências Sociais da UFPI coordenou a ação de extensão, prevenção e proteção dos índios da tribo Warao. Juntamente com demais professores do Departamento de Ciências Sociais, Departamento de Ciências Jurídicas e Cáritas Arquidiocesana de Teresina, produziu a cartilha para informar e conscientizar o povo.

"Ela apresenta informações sobre o coronavírus, formas de contágio e o que é preciso ser feito para não ficar doente. Essas informações estão em uma linguagem bem próxima da comunidade indígena", disse Carmen Lima.

foto: Divulgação

A antropóloga acrescenta que a versão em língua Warao foi traduzida por quatro indígenas da etnia para possibilitar que eles compreendam melhor as informações presentes na cartilha.

"É uma ação importante porque exatamente eles, em posse dessas informações, vão poder implementar dentro dos abrigos as ações de prevenção ao coronavírus", conta Carmen Lima.

Na sexta-feira (5) houve a entrega da versão impressa para três indígenas de cada abrigo. Com a contribuição de professores que fazem parte do GT Saúde da UFPI, os indígenas também contaram com um treinamento sobre o contágio do coronavírus. A Universidade, além das cartilhas, doou álcool em gel e máscaras aos indígenas capacitados, que retornaram aos abrigos para capacitar os demais.

 "Acreditamos que estamos contribuindo para a proteção desses indígenas que já são tão vulneráveis e chegaram aqui em uma situação muito difícil, vindo da Venezuela, como refugiados" conclui a professora e antropóloga.

Warao em Teresina

Os imigrantes indígenas da etnia Warao chegaram a Teresina no dia 13 de maio de 2019 e estão refugiados devido à crise econômica e política na Venezuela.

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