Com o intuito de dialogar com a sociedade sobre a situação atual da Universidade Federal do Piauí, sobretudo, como forma de dar explicações sobre a greve dos professores que já dura 40 dias, estudantes e professores foram à Praça João Luís Ferreira no centro de Teresina.
Estudantes e professores levaram atendimento de saúde para a população à medida que buscavam falar da necessidade de aproximação entre universidade e sociedade.
Valéria Silva, associada da Associação dos Docentes da UFPI (ADUFPI), explica que essa é uma forma de dizer à sociedade qual a função da universidade e o quanto há uma separação entre ambas. ?A ideia aqui é alertar a necessidade de repensar a universidade e dizer à sociedade que é função da UFPI servir a população.
Aqui trazemos um exemplo que poderia ser mais corriqueiro, caso a universidade investisse em extensão?, diz.
Valéria conta que atualmente não há investimentos satisfatórios com relação à extensão, dentro da universidade, e que é comum professores desenvolverem essa prática com recursos próprios. A partir de um diálogo sobre a situação da universidade, os professores tentam buscar apoio da sociedade com relação à greve.
O estudante de Enfermagem e representante do Centro Acadêmico de seu curso, João Gustavo Sotero, conta que a atividade é construída em conjunto, onde puderam contribuir com a sociedade partilhando dos conhecimento de sala de aula. E vai além, conta que a importância do momento é mostrar que o professor que está em greve está preocupado com a função social da universidade.
?É um momento que permite aproximar a sociedade para dizer que a greve é parte de um processo de despertar as autoridades, que é necessário valorizar o professor.
Neste sentido, a luta também é nossa, já que a nossa qualidade em sala de aula depende da qualificação dos professores?, diz João Gustavo. Atualmente existe um comando de mobilização estudantil com o intuito de dialogar com os professores em greve e conscientizar a comunidade acadêmica das pautas de reivindicação dos professores.